O trocadilho é batido, mas “A Força do Querer” foi uma força mesmo. Principalmente nos números. A novela de Glória Perez tirou a dúvida que pairava desde “A Lei do Amor” (e até antes), sobre se o horário nobre ainda tinha espaço para novelões. As histórias bem costuradas e cheias de dramas diferentes criadas pela autora prenderam o público do começo ao fim e, finalmente, a Globo viu sua audiência  no horário mais disputado voltar a subir.

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Reprodução/Globo
"A Força do Querer" fez crescer a audiência no horário nobre da Globo, depois de dois anos de amargura

Desde “ Império ”, nenhuma outra novela conseguiu chegar aos 50 pontos. “ A Força do Querer ” ainda não chegou lá, mas já teve picos durante a última semana. Ainda assim, a novela manteve uma média de 30 pontos durante sua primeira metade, e viu esse número crescer semana a semana. Próxima a sua conclusão, a novela teve seu recorde de audiência na última terça-feira (17), com a morte de Irene (Débora Falabella), onde garantiu 46 pontos em São Paulo.

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O número é uma façanha, especialmente considerando que a novela alcançou apenas 33 pontos em sua estreia. O número baixo foi, provavelmente, uma consequência de sua antecessora, “A Lei do Amor”, que fechou com 39 pontos apenas. Os motivos que fizeram de “Força” um sucesso são muitos, incluindo ótimo elenco, histórias bem desenvolvidas, tramas envolvente,  menos núcleos e narrativa mais densa. Tudo isso, somado a personagens marcantes, fez com que o folhetim mostrasse que a novela, sim, continua sendo o entretenimento favorito do brasileiro.

Antecessoras

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Reprodução/Globo
"A Força do Querer" não desperdiçou tramas

Essas qualidades foram opostas ao que se viu em “ A Lei do Amor ”, de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. O folhetim, que tinha Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu como protagonistas, deu sequência a uma série de novelas que teve baixo desempenho, preocupando a emissora no horário. O fenômeno, que contrariava o bom desempenho dos outros horários, ocorreu por uma série de fatores, desde histórias sem graça a personagens sem sal, passando por inovações demais que afastaram o público. Foi o caso de “ Velho Chico ”, que teve uma das piores médias da década no horário, e acabou amargando 35 pontos na final. Pior que ela, só “Babilônia”, de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, que encerrou com 32 pontos, número que “A Força do Querer” mal viu durante sua exibição, já que sempre ficava acima disso.

Tirando os dois maiores sucessos da década, “ Avenida Brasil ” e “Império”, apenas “Amor à Vida”, de Walcyr Carrasco, e “Salve Jorge”, também de Glória Perez, tiveram desempenho parecido ao de “A Força do Querer”. Mas, ambas tiveram histórias fracas e, enquanto “Salve Jorge” era motivo de piada, “Amor” deu sorte ao transformar o vilão Félix no protagonista, o que salvou a audiência.

A Força do Querer ”  pode até não chegar aos 50 pontos hoje (o que é difícil), mas já é sucesso absoluto de audiência.

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