Sempre a mocinha, sempre o galã , sempre o reclamão, sempre o mesmo. Alguns atores podem fazer 10 novelas diferentes, mas parece que interpretam o mesmo papel em todas. Seus personagens podem até mudar o look, ou a época mas, no fim, dá sempre no mesmo. Pensando nisso, fizemos uma lista com os atores que precisam urgentemente de um redirecionamento na carreira. Confira:
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Humberto Martins
Não adianta. Humberto Martins pode até ser figurinha carimbada nas novelas da rede Globo, mas seus personagens são sempre parecidos: pai de família, um tanto conservador e reclamão sempre. O ator é talentoso, claro, mas insistem em colocá-lo fazendo os mesmos tipos.
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Em “ A Força do Querer ” isso não é uma exceção. Um homem de negócios, que espera que os outros trabalhem como ele, com uma família típica de anúncio de margarina mas que, no fundo, tem vários problemas. Dessa vez, ele quebra um pouco o molde com um personagem engraçado, que rende cenas divertidas ao lado de Lília Cabral, mas Humberto Martins bem, que podia dar uma repaginada na carreira.
Fernanda Vasconcellos
A atriz surpreendeu em seu último papel, ao encarnar a psicopata Bruna em “ Haja Coração ”. Então por que ela não recebe mais papeis assim? Claramente ela tem talento, mas desde “Malhação” quando estreou na TV, até “Sangue Bom”, Fernanda é a mocinha sofrida, maltratada pela mãe, pelo namorado, ou por quem quer que seja.
Está na hora de dar uma chance de soltar a “Bruna” que há nela, é oferecer uma personagem que a permita oferecer mais expressões faciais além da cara de dó.
Murilo Benício
Murilo é um caso a parte pois sempre brilha em seus papeis. Mas, ainda assim, todos se assemelham. Em “ O Clone ”, por exemplo, ele faz nada menos que três personagens, e todos com o mesmo tipão: romântico, gentil, justo e um tanto vitimado. Até em “ Avenida Brasil ” onde ele era o fio conector entre Carminha (Adriana Esteves) e Nina (Débora Falabella), Tufão era também o cara que tentava ser bom, mas acabava sendo o mais enganado.
Nathalia Dill
Nathalia Dill foi a vilã de “ Rock Story ”, Lorena, e mesmo assim ainda fez a mocinha injustiçada como a irmã gêmea boa, Júlia. Habilidade ela tem, mas suas personagens são sempre as mocinhas boas, determinadas, trabalhadoras, justas e que sempre sofrem uma injustiça de alguém.
Como Lorena, ela provou que consegue segurar personagens diferentes, então está na hora de deixa-la explorar esse lado.
Malvino Salvador
É realmente muito difícil diferenciar um papel de Malvino de outro. Apesar de ter maior tendência a mocinhos, seus personagens são sempre de gênio forte, teimosos, mas honestos e sempre se envolvem com uma mulher ou duas.
Suas características de homem rude, ou másculo, sempre são equilibradas pela paternidade, traço de muitos de seus personagens. No fundo, a sensação é que Malvino está sempre fazendo o mesmo personagens em folhetins diferentes. Está na hora de mudar.
Ísis Valverde
Ééégua! O que a Ísis está fazendo nessa lista? A Ritinha , por mais interessante que seja em “A Força do Querer”, tem muito de suas personagens anteriores, como a Marcela de “Ti-Ti-Ti”, a Suelen de “Avenida Brasil”, ou a Rakelly de “Beleza Pura”: de maneira mais ou menos sensual, ela é sempre a jovem ingênua que usa o seu charme para conquistar seu pretendente.
Foi com esse charme que ela conquistou Ruy (Fiuk) na novela atual, e continua abalando Zeca (Marcos Pigossi). Sereia ou não, Ísis só mostrou um pouco mais de mistério em “O Canto da Sereia” e, mesmo assim, a personagem era sensual.
Tarcísio Meira
Tarcísio tem uma carreira longa, que inclui títulos como “ Tieta ”, “Senhora do Destino”, “Fera Ferida” e “Saramandaia”. Mas, depois de uma certa idade, seus personagens pouco se diferenciaram. Em “ A Lei do Amor ”, apesar de desperdiçado, o ator fazia o homem rico, que traiu a mulher e acabou sendo enganado pela amante.
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Sempre um homem de família justo, as vezes com moral duvidosa, Meira não mostra muitos lados distintos em seus personagens. E não é por falta de talento. Quem sabe a emissora possa coloca-lo em um papel diferente?
Carolina Ferraz
Rica! Não adianta, essa é a sina de Carolina Ferraz. Mesmo na pobreza, ela continua exalando esse ar de elegância. A própria atriz já falou em entrevistas que gostaria de interpretar um papel de “pobre”, mas acaba sempre escalada para fazer as riconas, esnobes ou do bem.
Talvez seja a hora de Carolina voltar a viver um grande amor, daqueles que a gente não consegue esquecer, como foi com Milena e Fernando em “ Por Amor ”.
Tony Ramos
Grego, italiano, português, ou qualquer nacionalidade que queiram colocar no personagem de Tony Ramos, o resultado é sempre o mesmo. Ele é sempre ótimo em todos, e vê-lo na TV é sempre uma delícia, mas isso não significa que seus personagens se diferenciem muito uns dos outros.
Os pais de família são humildes, lutam para sustentar a família e, na maioria das vezes, vivem um grande amor. Tony até tentou sair desse estereótipo como o próprio diabo em “Vade Retro”, mas não deu muito certo.
Isabelle Drummond
Mocinha no sentido mais tradicional da palavra. Essas são as personagens de Isabelle Drummond, no ar como Anna em “ Novo Mundo ”. Elas normalmente sofreram algum trauma na infância, ou foram separadas da famílias. Sonhadoras, se apaixonam por qualquer um que lhe prometa amor, mesmo que seja armação. Só assim para explicar seu casamento com Thomas (Gabriel Braga Nunes) na novela das 18h, ou o relacionamento com Conrado (Jonatas faro) em “ Cheias de Charme ”.
Em “Geração Brasil”, ela até tentou sair da forma como a chata Megan, mas acabou apaixonada e boazinha como sempre. Uma vilã de verdade poderia acabar com esse trauma que acomete dos atores com o mesmo papel.
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