“Pega Pega” está prestes a estrear, trazendo de volta ao ar Mateus Solano, Camila Queiroz, Nanda Costa e Marcelo Serrado em papeis bem diferentes de seus antecessores. A novela, com um tom cômico, vai girar em torno de um grande roubo ao hotel Carioca Palace. O folhetim vai ao ar com a missão de pelo menos manter o bom desempenho de “ Rock Story ”, que ultrapassou os 30 pontos em algumas ocasiões.
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As novelas das 19h tem tido uma crescente audiência. Investindo em novos autores e tramas leves e diferentes, a faixa tem ganhado mais adeptos ao longo dos últimos anos. Se a sinopse se cumprir, “ Pega Pega ” tem tudo para continuar o feito, usando da receita que a Globo tanto tem apostado: novas autoras. “Eu brindo à chegada de novos autores na tela, independentemente de serem homens ou mulheres. O público quer boas histórias”, comenta a escritora do novo folhetim, Claudia Souto , em entrevista ao iG .
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Claudia escreve para a TV há 25 anos, sendo os últimos dez dedicados exclusivamente a novelas. Mas essa será sua primeira experiência à frente de um folhetim. “Me preparei bastante para esse trabalho”, comenta. A autora, que já escreveu para a faixa em “Sete Pecados”, “Caras e Bocas”, “Morde e Assopra”, de Walcyr Carrasco , e “Alto Astral”, de Daniel Ortiz, conta que foi uma ótima experiência. “Aprendi a observar o público do horário das 19h e entender o que os telespectadores esperam da novela”, conta.
Claudia também comenta a bem sucedida decisão da emissora de apostar em autores que, apesar de já estarem na emissora há anos, ainda não tinham liderado um projeto, assim como sua antecessora “Rock Story”, escrita por Maria Helena Nascimento e Thereza Falcão em “ Novo Mundo ”. “Como noveleira que sou, é uma alegria ver que o gênero se renova. E, como novelista, me instiga acompanhar as propostas de novos temas que os colegas levam ao ar”, confessa. Para ela, quem ganha é o público que conhece novos universos. “Cada novo (a) autor(a) traz uma personalidade diferente que imprime nos personagens e na maneira como a novela se desenvolve no ar”, comenta.
Girl Power
Claudia também celebra o fato de muitas mulheres estarem à frente dessas novas produções. “É inegável que o fato de termos mais mulheres escrevendo suas novelas reflete o momento: as mulheres estão conquistando oportunidades em pé de igualdade com os homens. E me orgulho de ser uma delas”, diz.
Ela também destaca que esse olhar feminino traz pluralidade para as tramas. “As novelas deixam de mostrar majoritariamente o olhar masculino sobre a vida, a sociedade e sobre a própria mulher, para ampliar a ótica feminina. Digo ampliar porque as mulheres nunca estiveram de fora. Sempre tivemos mulheres novelistas”, completa.
Humanidade
“Pega Pega” vai contar histórias de amor, de sobrevivência e de trabalho em meio a um roubo milionário. O hotel Carioca Palace vai ser vendido por seu proprietário Pedrinho Guimarães (Marcos Caruso) que, cheio de dívidas, aceita o valor de R$ 40 milhões oferecidos por Eric ( Mateus Solano ) para o empreendimento. Enquanto isso, a neta de Pedrinho, Luiza ( Camila Queiroz ), alheia a venda, se apaixona por Eric.
A situação vira de ponta cabeça quando quatro funcionários do hotel, comandados por Malagueta ( Marcelo Serrado ) decidem roubar esse dinheiro, no dia da compra. Junto com Júlio (Thiago Martins) e o casal formado pela camareira Sandra Helena (Nanda Costa) e o recepcionista Agnaldo (João Baldasserini), ele será responsável pelo plano aparentemente infalível. Mas as coisas se complicam quando a investigadora Antônia ( Vanessa Giácomo ) fica a frente do caso, e acaba se envolvendo com Júlio, sem saber de sua relação com o roubo. “Essa não é uma novela sobre impunidade. Vamos ver, ao longo da história, que as escolhas têm consequências”, comenta Claudia.
Ela fala que a história de “ Pega Pega ” veio da vontade de falar sobre ética do ponto de vista de pessoas comuns. E de falar disso com leveza e bom humor. “Trago para essa trama o meu olhar sobre o que é humano. Sobre as relações entre as pessoas e das pessoas com o dinheiro, que está ligado à sobrevivência de todos (...) todos os personagens têm algo a dizer sobre isso”, conclui.
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