Fabio Assunção está mais maduro do que nunca. Pelo menos é isso que ele conta em entrevista à revista Trip deste mês. Nela, o ator conta que busca manter o essencial por perto, deixar uma marca positiva nos filhos e não interromper a batalha contra a dependência química .
Leia também: “Onde nascem os Fortes” acaba sem cumprir altas expectativas
"É um trabalho diário mesmo. Não sei como é para cada um. Mas é isso. Eu acho que, tendo foco, é possível", comenta Fábio Assunção , que relata dificuldade em encarar sua dependência química sendo uma figura midiática. "A primeira vez que achei que as coisas estavam saindo do meu controle, em 2008, fui ao AA [Alcoólicos Anônimos]. Estava me sentindo envergonhado, muito preocupado com as pessoas saberem", revelou.
Leia também: Fábio Assunção discute com seguidor ao criticar machismo na Copa
"Cara, na hora que eu saí, tinha um paparazzo do lado de fora. Então, eu nunca tive a possibilidade de viver esse processo com privacidade", relembra ele, acrescentando as possíveis razões para o vício. "Se você está feliz, se está com saudade, se tem uma perda ou se acaba um relacionamento, tem que vivenciar isso e dói. Essas coisas… Todo mundo sente o impacto desses sentimentos, não são sentimentos fáceis. Então acho que foi uma forma de não sentir, uma coisa que eu não tinha preparo para me relacionar", completou.
Ainda de acordo com Fábio Assunção, as pessoas sofrem por váriios motivos, entre eles medo, euforia, depressão e raiva. " O equilíbrio é você aprender a lidar com essas forças a seu favor e a favor do mundo. Essa não é uma questão exclusiva das pessoas que têm ou tiveram histórico de uso de alguma substância, seja ela lícita ou ilícita, porque tem muita gente que desenvolve dependência de substâncias lícitas. A gente está aprendendo, não é uma resposta que só eu preciso encontrar", afirma.
Privacidade de Fábio Assunção
De acordo com o ator, no começo da carreira ele era mais a bordado, o que ele achava legal. "Hoje, já vejo de outra forma, gosto de estar num mesmo espaço que outras pessoas, mas sem holofote", conta, falando também de seu relacionamento com Maria Ribeiro. "Faz quatro meses que estamos juntos, mas a gente se conhece há muitos anos. Tivemos esse reencontro agora só. Está num momento incrível. Viajo sempre que acabo um trabalho, agora eu vou viajar para a Itália. Vamos eu e Maria para Itália".
Política
O ator também comentou sobre sua filiação ao PT em 2017. "Tive um convite do Lula numa conversa que tivemos em um jantar. Ele queria formar uma comissão para discutir política de drogas e queria que eu participasse. Falei que sim. E a gente fez algumas reuniões, ele disse que era muito importante conversar sobre isso com as famílias brasileiras", explicou. "O Brasil tem muito o que mudar nessa área, que é muito central. Se jogar a droga na ilegalidade, ela vira um instrumento de extermínio. É muito pesado o que falei, mas o que o Dória fez na Cracolândia foi uma violação de direitos humanos flagrante, uma coisa absurda".
Leia também: Maria Ribeiro critica Casamento Real: “deveríamos ser contra”
Galã
Considerado galã por anos, Fabio Assunção dá sua opinião sobre: "Quando você começa a trabalhar, fica chateado quando te chamam de galã. ‘Porra, não estão reconhecendo meu trabalho!’ Mas hoje já acho legal. ‘O cara não consegue escapar do galã!’ Acho maneiro. ‘Até de barba o cara continua galã!’ Poxa, obrigado, pessoal, valeu", finaliza.