Após um período de recolhimento, o jornalista William Waack lançou-se em uma campanha midiática nesta semana. Após o artigo publicado na Folha de São Paulo no domingo (14), o jornalista concedeu sua primeira entrevista após a demissão na Globo ao jornalista Augusto Nunes na TV Veja . “Eu fiz uma brincadeira. Entre amigos quem é que não fala merda? Eu falei merda”, disse o ex-âncora do "Jornal da Globo". “Eu fiz uma piada idiota”.
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O jornalista teve espaço e tempo para discorrer em uma entrevista que durou pouco mais de 20 minutos. Indagado se tornaria a falar algo do gênero, ele disse que não se deixará policiar pelo politicamente correto. “Entre amigos eu continuo sendo a mesma pessoa. Não serei cerceado pelo politicamente correto. O que eu tenho que respeitar é a dignidade, a opinião e a liberdade do outro”, afirmou William Waack .
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O jornalista evitou criticar abertamente a Globo e mais de uma vez citou o fato de ter chegado a um entendimento com a emissora e ressaltou que tanto ele como a Globo assumem a postura de não comentar o episódio. No entanto, assim como fizera no artigo da Folha ressaltou enxergar um grande desafio para as empresas de comunicação em plena era digital em que “grupos organizados, esses canalhas do linchamento, como brilhantemente classificou o filósofo Luiz Felipe Pondé, estão preocupados apenas em tirar de nós brasileiros um caráter nacional, que é essa irreverência”.
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Waack, no entanto, criticou a capa que a revista Veja deu para o episódio. “Faltou visão”, observou. Para ele, a revista tentou “ficar bem com gritarias”. Questionado sobre o que diria aos rapazes que divulgaram o vídeo, William Waack disse que estenderia a mão. “Acho que eles são figuras menores em um processo histórico maior”. O jornalista agradeceu o carinho e o apoio dos jornalistas Heraldo Pereira e Glória Maria, colegas da Globo .