Durante os anos 1990,  Romário de Oliveira  foi um dos nomes mais importantes da  Playboy no Brasil. Agora, ele assina uma coluna no iG para contar tudo dos bastidores de uma das revistas mais populares do País.

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Mylla Christie foi capa da
Arquivo pessoal
Mylla Christie foi capa da "Playboy" em novembro de 1997

No texto abaixo, Romário relembra causos envolvendo atrizes e fotógrafos, entre elas Mylla Christie e Christiane Torloni, que saiu na  Playboy no começo da carreira. Leia:

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Fotógrafo se desentende com atriz durante sessão de fotos para Playboy

Se você pensa que fotografar mulheres nuas é só alegria, enganou-se! Não é tão fácil assim. O fotógrafo tem que ter paciência, ser um verdadeiro psicólogo. E mais: para a equipe de produção, o grande problema é quando a fotografada dificulta o trabalho dando palpites demais.

Bob Wolfenson que o diga. A atriz Mylla Christie, por exemplo, chorou após levar uma bronca de Bob. Lembro que mesmo antes de começar as fotos, o ensaio já foi atribulado. As locações estavam programadas para a Escócia. A história vazou, numa confusão de mal-entendidos, um vereador de Edimburgo protestou e os tabloides de escândalo se esbaldaram. Virou notícia! Resultado: o ensaio acabou sendo realizado na Inglaterra.

Bob, que sempre procurou fazer algo inédito, surpreendente, teve problemas com a futura capa logo no primeiro dia. Mylla não aprovava as ideias dele. Tentando tomar o controle da situação, ele chamou a atriz, falou sério e deu as ordens. “Nós vamos ter de nos entender, ou paro o trabalho aqui e vou embora”, desabafou, ameaçando voltar para o Brasil. Mylla Christie chorou. Inclusive esse momento está registrado em umas das 24 páginas do ensaio publicado em novembro de 1997.

No texto que acompanha as fotos Mylla faz uma confissão: “Me senti frágil e desprotegida. Estava com medo. A todo momento me vinha à cabeça a frase de Nelson Rodrigues: ‘Toda nudez será castigada’.”

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Modelos passaram mal em alto mar antes de tirar a roupa

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Arquivo pessoal

Christiane Torloni na capa da "Playboy"

Antonio Guerreiro, outro gênio da fotografia (que já casado, inclusive com 3 capas de Playboy  ), também passou por situações iguais a de Bob, só que em um navio e com várias mulheres. Entre elas, estava a aspirante a modelo Christiane Torloni, lançada nas páginas da revista em fevereiro de 1978 como uma das “Maravilhosas Garotas do Rio”.

Ele relembrou o episódio na edição especial “As Melhores Fotos Eróticas de Playboy”, publicada em 1981. “Quase me levou a loucura! Tinha que acordar todos os dias às 3 da manhã para ver se o tempo estava bom, e pedia pelo amor de Deus que o sol saísse. Às 5h, a equipe toda tinha que estar acordada. Nem sempre é divertido. Quatro das modelos ameaçaram passar mal no barco, nuas, e eu tendo que mostrá-las gloriosas!” O resultado? Ficou tudo bem e elas saíram maravilhosas!

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