Inspirada em uma história de crime real, “Black Bird” acompanha Taron Egerton vivendo um infiltrado em uma prisão que busca a confissão de um serial killer, interpretado por Paul Walter Hauser. Com novos capítulos disponibilizados semanalmente na Apple TV+, a série é um dos projetos póstumos de Ray Liotta, que faleceu aos 67 anos em maio de 2022.
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O ator dá vida a Jim Keene na produção, pai do personagem de Taron, e entrega uma performance emocionante ao longo dos capítulos. Como roteirista, showrunner e produtor executivo da produção, Dennis Lehane criou uma forte conexão com Liotta. Em entrevista ao iG Gente, o profissional exalta a performance do astro, que se destacou na atuação por filmes como “Os Bons Companheiros” e “Hannibal”.
“Foi uma experiência ótima. Escrevi o papel para Ray e queria ele para o papel até o fim. Sonhava em trabalhar com o ator desde que estava na faculdade”, inicia Dennis.
As boas relações nos bastidores tornaram o resultado da série ainda mais especial para Liotta. O showrunner explica que ouviu isso do próprio astro em uma ligação após ele ter assistido ao seriado. “Ele ficou tão feliz que me ligou quando assistiu à série, cerca de três semanas antes de morrer”, diz.
Dennis Lehane também recorda que Ray tirou sarro dele na mesma ligação. “Ele brincou comigo, porque assim era Ray, e ficou tipo: ‘Por que você está chamando de 'Black Bird'? Não há pássaro preto no seriado'. Falei que tinha meus motivos e ele disse: ‘O outro título era bom’”, complementa o roteirista sobre a fala do ator, que faz referência ao título do livro que inspirou a produção, “In With The Devil”.
“Então ele perguntou se eu conseguiria um papel para ele em um próximo projeto, e eu disse que sim, absolutamente. E ele disse para fazermos um grande papel e eu concordei. Essa foi a última coisa que ele me disse”, entrega Dennis.
O roteirista define a experiência do trabalho com Liotta como “abençoada”. “O que eu amava de Ray é que ele estava no set para trabalhar, não para fazer amigos e encontrá-los para beber depois. Se você entregasse trabalho para Ray fazer por 16 horas seguidas, ele faria isso e nunca reclamaria. Ele estava presente, vivia para trabalhar”, expõe.
Lehane ainda relata como o ator fazia “perguntas realmente difíceis”, trazendo questionamentos de palavras específicas do roteiro, por exemplo. “Ray testava as pessoas dessa maneira, sem dúvida. Um dos melhores momentos que tivemos foi quando ele ficou me perguntando porque eu usava uma palavra no script. Eu disse que não sabia, já que escrevi um ano e meio antes e não me lembrava. E estava tudo bem, ele disse qual palavra ele queria usar, e tudo bem, trocamos e fomos em frente”, relembra.
O roteirista ainda garante que cada tomada das gravações com Liotta era “única” e todas se destacavam de maneiras marcantes. Com muitas cenas contracenadas com Taron Egerton, Dennis também reconhece o “relacionamento maravilhoso” entre os atores: “Ray foi para Taron como um pai com o filho, desde o início”, finaliza.
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