Bienal do Livro de SP atrai 660 mil visitantes em retorno presencial
Número é 10% maior que o da última edição do evento; veja mais destaques da edição
Realizada entre 2 e 10 de julho no Expo Center Norte, a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo surpreendeu os organizadores do evento, que não era realizado desde 2018 devido à pandemia de Covid-19. Passaram por lá 660 mil visitantes, número 10% maior que o da última edição e superior às 600 mil pessoas que eram aguardadas pela organização. Segundo informações da Câmara Brasileira do Livro (CBL), realizadora do evento, o ticket médio foi de R$ 226,94, com uma média de sete livros adquiridos por pessoa.
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— Tivemos um dia a menos esse ano, mas fomos surpreendidos pelo público. Foi a primeira vez que tivemos ingressos esgotados — destaca Vitor Tavares, presidente da CBL, celebrando a força do mercado editorial na retomada. — Por melhores que sejam as vendas on-line, há uma demanda reprimida do público, que correu para as livrarias quando elas reabriram.
Foram mais de 1,3 mil horas de programação, com 300 autores brasileiros (como Itamar Vieira Junior, Daniel Munduruku e Adriana Calcanhotto) e 30 estrangeiros (Jenna Evans Welch, Tomi Adeyeme). Portugal foi homenageado a pretexto do bicentenário da Independência. Os lusos ocuparam um estante de 500 m², que incluía livraria, auditório e uma réplica do famoso bondinho lisboeta. Uma comitiva de 21 escritores portugueses ou nascidos em ex-colônias (Valter Hugo Mãe, Matilde Campilho, Luís Cardoso) e dois chefs (Vitor Sobral e André Magalhães) representou o país. No entanto, quem roubou a cena foi o TikTok, com a presença de autores que fazem sucesso na rede social favorita da Geração Z, como a espanhola Elena Armas (“Uma farsa de amor na Espanha”) e a italiana Ali Hazelwood (“A hipótese do amor”).
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As editoras também celebraram os bons números ao final do evento. A Rocco informou que o faturamento desta edição foi 185% superior ao de 2018, o melhor resultado de sua história, superando edições anteriores, tanto em São Paulo quanto no Rio. A Intrinseca também comemorou seu melhor resultado em bienais do livro, com aumento de 150% no faturamento e 45% na quantidade de livros vendidos, em comparação com a última edição na cidade, há quatro anos. O mesmo foi informado pelo Grupo Editorial Record, que superou em 50% sua melhor participação, na edição do ano passado, no Rio (em relação a 2018, o crescimento foi de 300%).
A HarperCollins teve um aumento de 253%, enquanto a Sextante e Arqueiro registrou vendas 150% maiores no retorno presencial do evento. O Sesc informou que suas Edições tiveram aumento de vendas de 40% sobre 2018, e que seus três espaços no local foram visitados por 82 mil pessoas. A Todavia, em sua segunda Bienal, vendeu mais de 5 mil livros.