O presidente Jair Bolsonaro classificou nesta terça-feira (14) como "ficção" o documentário "Democracia em vertigem", indicado ao Oscar de melhor longa documental , e disse que o filme é "para quem gosta do que o urubu come". Bolsonaro ainda afirmou que não viu o documentário, que narra o impeachment da presidente Dilma Rousseff . Ele foi um dos entrevistados pela diretora Petra Costa, quando ainda era deputado federal.
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"Ficção. Para quem gosta do que o urubu come, é um bom filme. Outra pergunta aí", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, acrescentando, ao ser questionado se havia visto: "Eu vou perder tempo com uma porcaria dessa? Outra pergunta aí".
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A indicação polarizou as redes sociais. Perfis de direita ironizaram a nomeação do longa, enquanto perfis mais alinhados ao campo da esquerda comemoram a escolha.Em entrevista ao GLOBO , Petra Costa afirmou que "a polarização já existe" e que seu desejo "é gerar empatia e entendimento".
Também nesta terça, Bolsonaro criticou o livro "Tormenta - O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos", da jornalista Thaís Oyama, que traz bastidores do seu primeiro ano do seu governo. O presidente ironizou e disse que a jornalista "leu" seu pensamento.
Bolsonaro encerrou a entrevista quando questionado sobre uma passagem do livro que diz que ele orientou Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), a faltar a um depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
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"Livro fake news, livro mentiroso. Eu não responder sobre livro. Outra pergunta aí. Outra pergunta aí. Acabou a entrevista."