Anunciada na sexta-feira (17),
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Anunciada na sexta-feira (17), "Juntos" gerou uma enxurrada de menções, brincadeiras, memes e críticas nas redes sociais

Depois de dar muito o que falar, "Juntos" já pode ser ouvida na íntegra. A versão de Paula Fernandes e Luan Santana para "Shallow" está disponível em todos os aplicativos de  streaming a partir deste domingo (19). Criada para o filme "Nasce uma estrela", a canção original é interpretada por Lady Gaga e Bradley Cooper e venceu o Oscar de melhor canção este ano.

Anunciada na sexta-feira (17), "Juntos" gerou uma enxurrada de menções , marcações, brincadeiras e críticas nas redes sociais. O motivo principal foi o trecho em que Paula e Luan cantavam "juntos e shallow now" . Para muitos, misturar inglês e português na letra, criando uma frase que não faz sentido, não foi um decisão acertada dos cantores. A repercussão fez com que as hashtags #juntoseshallownow e #morreumaestrela tomassem o Twitter.

Ouça "Juntos" – agora na íntegra – aqui:




Versões nacionais para músicas gringas

Versões em português de hits internacionais são um terreno perigoso. Muitos se aventuraram com sucesso por este caminho: Ronaldo Bastos, com Nada mais ( Lately ); Gilberto Gil, com Não chore mais ( No woman no cry ); Marcelo Yuka, com  Hey Joe ; Caetano Veloso, com Negro amor ( It's all over now, baby blue )… A lista de versões bem-sucedidas é extensa — mas a de canções que se perderam na tradução é ainda maior.

Leia também: "Juntos e shallow now " e as piores versões nacionais para músicas gringas

Com "Juntos", Paula Fernandes e Luan Santana precisaram de apenas um refrão para entrar para este nada seleto grupo. A falta de sentido do verso " we’re far from the shallow now " (estamos longe da superfície agora, em português), que virou "juntos e shallow now " (oi?), foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e ajudou a elevar a curiosidade sobre a música.

O sucesso nem sempre vem pelas vias mais elogiosas, mas Paula e Luan não estão sozinhos nessa. Confira abaixo uma lista com três versões desastrosas de sucessos internacionais:

Em cada sonho (Sandy & Junior, 1998)

Original: My heart will go on (Céline Dion, 1997)

Graças ao blockbuster “Titanic”, o mundo inteiro conhece a música de Céline Dion. Mas a dupla Sandy & Junior conseguiu a proeza de cantar uma versão ainda mais melosa que a da canadense. Diabéticos devem evitar essa overdose de glicose musical, que traz versos como “Por mais que eu tente aceitar / Não consigo, a saudade é demais / Quem vai não volta jamais”.

Triste mas eu não me queixo (O Surto, 2001)

Original: Californication (Red Hot Chili Peppers, 1999)




No Rock in Rio 2001, a banda cearense O Surto tinha um único hit, A Cera (a do “me pirou o cabeção”), e quis jogar para a plateia com uma versão “ white people problems ” de Californication. “Entraram na minha casa e levaram meu Playstation / E é tanta coisa ruim comigo mas eu não me queixo”.

Se a gente se entender (Angélica, 2001)

Original: Linger (Cranberries, 1993)

Dolores O’Riordan escreveu sobre traição e relacionamento abusivo em "Linger", um dos primeiros hits do Cranberries. Já Angélica cantou uma versão vazia e sem emoção naquele que seria seu derradeiro álbum, com versos genéricos como “Quem sabe se a gente se falasse / Fosse mais fácil entender / Bem mais fácil, é mais fácil / Se a gente se entender”. O videoclipe também não ajuda.

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