Duda Beat fala sobre próximo disco, desilusões amorosas e parcerias musicais
Cantora pernambucana surgiu na cena musical em 2018 com seu disco de estreia e conquistou fãs com sua mistura de gêneros e letras relacionáveis
Por Gabriela Mendonça | , iG São Paulo |
A pernambucana Duda beat surgiu na cena musical em 2018 com seu disco de estreia “Sinto Muito”, que acabou de completar um ano. A relação com a música vem desde criança, mas foi depois de um retiro espiritual que ela se deu conta que devia seguir esse caminho profissionalmente.
“Dei tudo de mim e me envolvi totalmente no processo de música”, conta Duda Beat . Foi assim que ela desenvolveu as faixas que resultaram no álbum, muitas delas falando sobre relacionamentos que não deram certo, amores e desejos. Foi justamente a maneira honesta e cortante com que trata o tema, embalada por batidas brega e pop, que a tornaram uma das artistas para ficar de olho.
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A identificação com sua música é imediata, e ela sabe disso: “todo mundo sofre, todo mundo gosta de alguém e não é correspondido”, comenta. Por isso é possível se relacionar quando Duda fala sobre um amor que não deu certo em Egoísta , discute a superficialidade das relações em Ninguém Dança ou se entrega em Bixinho .
Sinto Muito
O disco de estreia logo entrou nas listas de melhores do ano. De lá para cá, ela conta que não parou de produzir coisas novas. Antes de entrar em estúdio ela estreou uma nova turnê, maior, mais sofisticada, com novos figurinos e “todo mundo bem vestido”, como ela define. O repertório também tem crescido com as novas parcerias que surgiram ao longo do ano.
Com a cantora Illy ela gravou Só Eu e Você na Pista . Com Tomás Tróia, seu parceiro musical e namorado há mais de dois anos, e Lux Ferreira ela fez um remix de Bixinho além da inédita Meu Jeito de Amar . Em março ela subiu ao trio de Ivete Sangalo no Carnaval de Salvador, e em maio sai Chega , gravada com Mateus Carrilho e Jaloo, produzida por Tomás.
As músicas surgiram desses encontros, e da necessidade da cantora de não parar. Ela conta que desde o lançamento de “ Sinto Muito ” segue trabalhando em novo material, e em junho ela entrar no estúdio para começar os trabalhos de seu segundo álbum, que deve ser lançado apenas no próximo ano. “Eu gosto de fazer disco com calma porque, como vai ficar pra sempre, não gosto de me arrepender de nada”, conta.
Embora o disco ainda esteja só nos planos, ela já adianta uma parceria certa no próximo trabalho: o rapper Baco, que assim como ela, surgiu na cena recentemente e estourou com “Esú”. Ela conta que amiga do Exu do Blues e o “intimou” para dividir os vocais.
Você viu?
Até lá, porém, ela ainda tem uma longa jornada que inclui shows da nova turnê e dois festivais, o MECAInhotim e o Cultura Inglesa, onde se apresenta antes de Lilly Allen. No primeiro evento, que acontece entre 17 e 19 de maio, ela é apenas uma das muitas mulheres que vão se apresentar. Entre elas Pitty, Céu e Tulipa Ruiz.
Em março ela estreou no Lollapalooza com um set curto, mas que deixou um gostinho do que está por vir. “Foram 40 minutos de muita emoção”, comenta sobre sua apresentação no festival paulista.
Apesar da experiência, ela promete que as próximas apresentações serão mais longas, conforme o setlist também aumenta. Mas uma certeza em seus shows, e que foi apresentada no Lolla é Chapadinha na Praia , versão de High By The Beach , da cantora americana Lana Del Rey.
Duda tenta, há quase um ano, conseguir os direitos da música para gravar sua versão, por enquanto só disponível em vídeos dos shows. O imbróglio permanece junto a Sony: “o pedido foi feito em julho e na época me deram meses pra resolver e nada. As pessoas amam, todo mundo sabe cantar. A Sony ia ganhar muito dinheiro”, defende.
Todo mundo dança
Pop, Duda Beat não foge do estilo, mas confessa ter uma mistura de influências que impactam sua música. De Rihanna a Duran Duran, passando pelo brega pernambucano, tudo serve como referência para a cantora criar sua própria sonoridade. “Eu sou pop porque ser pop é se comunicar com muita gente, com pessoas que gostam de coisas diferentes”, explica.
O estilo não a define por que não a limita, e Duda consegue transformar as referências em músicas que fazem os fãs cantarem e dançarem junto. “Isso é a maior alegria do meu trabalho, tocar as pessoas. Não adianta fazer arte e não tocar ninguém”, confessa.
Apesar de colocar todo mundo para dançar, seu próximo projeto, antes do novo disco, é diminuir o ritmo – das músicas, não de trabalho. Ela conta que deve lançar, ainda no segundo semestre, um EP com versões acústicas de “Sinto Muito”, com a participação de convidados.
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A estreia de Duda Beat fez barulho e a colocou na cena, mas esse ainda é só o começo para a cantora, que já cravou seu espaço no pop com cara de Brasil.