Um dos festivais mais aguardados do ano está chegando, provido de muita diversidade, o Lollapalooza 2019 será o mais LGBT de todos os tempos. A prova está no line up, que é recheado de headliners, nacionais e internacionais, assumidamente do arco-íris.
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Dentre os LGBT que estão confirmados no Lollapalooza estão os britânicos Sam Smith e a banda Years & Years, que é liderada pelo vocalista Olly Alexander; o sul-africano Troye Sivan ; a norte-americana Anne Erin Clark; e os brasileiros Liniker e os Caramelows e Luiza Lian.
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Pode parecer pouco, principalmente, levando em relação que por dia o festival têm mais de 10 atrações em diferentes palcos. Porém, em 2018, por exemplo, o número era menor: foram apenas três representantes do arco-íris, sendo que um deles, TropKillaz, não era composto por homossexuais, mas sim por DJ’s gay friendly, ou seja, amigos da causa.
No ano anterior, em 2017, o evento teve menos representantes ainda, contando apenas com a norte-americana Melanie Martinez e o brasileiro Jaloo, que não tem gênero definido.
Ao iG Gente a banda Liniker e os Caramelows, veterana do evento, falou sobre a expectativa de se apresentar em uma edição que ficará marcada por sua diversidade: “Vai ser muito importante, algo bonito de se ver e especial. Espero que todo mundo esteja de olho, de casa ou ao vivo”, disseram a vocalista e Baroni, integrante do grupo, em coro.
Sobre esta ser a edição mais colorida do Lolla, Liniker demonstra orgulho, mas não canta vitória: “É assim que as coisas têm de funcionar, temos que ter mais disso [representatividade] nos eventos. Só assim teremos mais propostas como essas”.
Questionada se, em sua visão, via o festival como um evento que abraça a causa do arco-íris, a vocalista da banda Liniker e os Caramelows se esquiva, mas declara que, abraçando ou não, nas edições em que participou pôde notar pluralidade de público.
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“Eu não fui o público do Lolla, mas ano passado, por exemplo, eu pude ver que tinha várias pessoas de vários lugares, cada um de seu jeito e de tribos diferentes”, comenta.
Por outro lado, o portiguar Lucas Álvarez, de Água Nova, que comprou ingressos para conferir de perto o show de Sam Smith, Troye Sivan e Liniker acredita que o Lolla seja um festival inclusivo, mas não aposta todas suas fichas nisso.
“Não sei se foi algo de propósito [a escolha do line up], eu acredito que não, pois Lolla é um festival bem alternativo, então acho que eles não tem essa distinção de artistas. Talvez tenha sido uma coincidência, mas para nós [homossexuais] é uma coincidência perfeita”.
O pensamento de Lucas sobre o evento ter escalado um time colorido sem querer ganha mais musculatura ao notarmos que em meses de divulgação o festival não veiculou nenhuma publicidade com este mote. Muito pelo contrário.
Em seguida, ele fala do público. “Este será meu terceiro ano e a galera é bem de boa, são bem alternativos e investem no look mesmo. Também são totalmente livres e sem preconceitos".
Com um novo álbum recém-lançado, “Goela Abaixo”, a banda Liniker e os Caramelows pretende transmitir o auto-amor através de sua arte. Após passar maus bocados na apresentação do ano passado, quando o festival teve problemas técnicos, este ano os integrantes do grupo se mostram “confiantes” e “sedentos”.
“Eu estou bem tranquila”, confessa Liniker. Já Baroni não deixa a ansiedade passar batida: “Como ela vem de um ciclo, é mais fácil lidar, mas com certeza nós estamos com sede de continuar o que começamos no ano passado”. Já Lucas, que irá apenas pelos artistas LGBT, se mostra animado: “Ansioso demais para fazer parte de algo histórico”.
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O Lollapalooza Brasi l deste ano acontece entre os dias 05 e 07 de Abril. Como manda a tradição, o evento será realizado no Autódromo de Interlagos, na zona Sul de São Paulo.