A espera está próxima do fim. Nesta quinta-feira (7) finalmente chega aos cinemas brasileiros “Capitã Marvel”, o 21º filme do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês), se considerarmos “O Incrível Hulk” (2008) e “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” (2017) coproduções com Universal e Sony respectivamente.
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"Capitã Marvel" é o primeiro do estúdio, comprado pela Disney em 2011, ambientado nos anos 90 e protagonizado por uma mulher. A escolha de Brie Larson , que superou nomes como Ronda Rousey, Natalie Dormer, Taylor Schilling e Abbie Cornish, se deu em 2016 e detonou uma das pré-produções mais demoradas do estúdio.
O longa é o pit-stop final antes de “Vingadores: Ultimato” que encerra a fase três do estúdio no cinema e deve redefinir todo o universo, que agora recebe os personagens que estavam licenciados para a FOX (Quarteto Fantástico e os mutantes).
Não é apenas uma história dos anos 90
Sim, o filme é ambientado nos anos 90 e será conhecido como um dos primeiros a trabalhar a nostalgia por aquela década depois do boom oitentista em Hollywood. Há a música, as referências cênicas (o pager de Nick Fury é um achado), mas a grande razão para o filme ser ambientado nesta década em particular é novamente rearranjar o MCU de maneira criativa e surpreendentemente orgânica.
Aquela cena pós-crédito de “Homem de Ferro” vai fazer muito mais sentido quando os créditos do filme de Anna Boden e Ryan Fleck subirem.
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Este é um filme feminista sim...
... E tinha que sê-lo! O longa, todavia, o é de uma maneira muito leve e bem urdida. Sem entalar na militância. Repare na relação de Carol Danvers (Larson), que inicialmente atenderá pelo nome de Vers com seu mentor Yon-Rogg (Jude Law). Ali reside todo um comentário sobre homens controlando mulheres e mulheres se libertando desse controle – e tudo de uma maneira que se ajusta tanto à trama como ao status quo.
#secuidaThanos
Demorou muito para a Marvel fazer um filme sobre uma super-heroína, não é mesmo Viúva Negra? E não acredite nas versões oficiais que o estúdio vai despachar por aí. Todavia, existe uma razão muito clara para Carol Danvers chegar na festa só agora. Ela é uma arma nuclear que viaja na velocidade da Luz muito mais poderosa do que qualquer vingador. Parafraseando Kevin Feige, o presidente da Marvel Studios em declaração recente, as possibilidades são infinitas. Mas daqui pra frente. Antes Thor e Tony Stark não teriam pelo que inflar seus egos.
O clímax do filme não é bom
Essa é um problema dos ditos filmes menores da Marvel. Sim, estamos falando de você “Homem-Formiga”. O clímax deixa a desejar. A sensação eu fica é que as partes que vieram antes – e até a cena final (PRINCIPALMENTE a primeira cena pós-crédito) – são melhores. É uma bagagem ruim para um filme tão significativo e esperado suportar.
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Marvel Wars?
Depois de “Guardiões da Galáxia”, “Capitã Marvel” abre um novo horizonte para o estúdio no espaço e a presença de Ronan (Lee Pace), visto antes justamente no primeiro “Guardiões” é a maior prova disso. Skrulls e Krees têm potencial para cativar a audiência não familiarizada com as HQs e serem fiadores de uma expansão do estúdio por galáxias e dimensões.