Festejado e querido pela indústria, Alfonso Cuarón confirmou o favoritismo e ganhou o Oscar de Direção por "Roma". Foi a terceira vez dele no palco, já que seu filme também faturou as estatuetas de Filme Estrangeiro e Fotografia.
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Foi mesmo uma noite e tanto para o cineasta. Pouco antes de ganhar seu segundo Oscar de Direção - o primeiro foi há seis anos por "Gravidade" - ele havia se tornado o primeiro diretor a ganhar um Oscar de Fotografia por um filme que dirigiu. Cuarón concorrida individualmente a quatro prêmios na noite.
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A vitória do cineasta marcou a quinta vitória do México na categoria em seis anos, deixando claro o domínio dos chamados três amigos no cinema atual. A sequência foi inciada pelo próprio Cuarón em 2014 com "Gravidade", depois foi a vez de Alejandro González Iñarritu ganhar com "Birdman" e "O Regresso", respectivamente em 2015 e 2016. Guillermo Del Toro, que entregou a estatueta a Cuarón, venceu em 2018 com "A Forma da Água".
O cineasta agradeceu a Academia por "reconhecer um filme centrado em uma mulher indígena" e disse que "não se cansa de estar ali" (era a terceira vez que subia ao palco). O diretor também agradeceu à Netflix por acreditar no projeto e promover "Roma".
O diretor também fez questão de agradecer seus amigos cineastas nominalmente e suas estrelas Yalizta Aparicio e Marina de Tavira, que também foram indicadas ao Oscar nas categorias de Atriz e Atriz Coadjuvantes. Ele finalizou seu discurso com uma observação importante e que diz muito sobre seu trabalho em "Roma". "Como artistas, nosso trabalho é olhar para onde os outros não olham".
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Alfonso Cuarón tornou-se o sexto cineasta a ganhar o Oscar de Direção duas vezes nos últimos 39 anos. Os outros foram Oliver Stone, Steven Spielberg, Clint Eastwood, Ang Lee e Alejandro González Iñarritu.