A banda britânica White Lies lançou no último dia 1º de fevereiro o álbum “Five”, um marco na carreira do trio que já está há dez anos na estrada. “As pessoas queriam se envolver assim que ouviram o que estávamos trabalhando. Foi um processo tão reconfortante e edificante. Eu acho que "Five" vai nos levar a ótimas novas alturas”, disse Charles Cave, baixista do grupo.
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De acordo com o músico, os fãs continuam a se identificar com as origens do White Lies , mesmo dez anos após a estreia. “Nossos pequenos remos musicais podem remar para águas novas, mas nunca perdemos a visão de casa”, disse ele.
O baixista reforçou a importância de todos os integrantes para que o trio continue no caminho do sucesso: “Temos sorte em termos a voz do Harry e o modo como ele escreve as partes da guitarra, o jeito que eu toco baixo e a bateria de Jack”. Ele afirmou ainda que a confiança no álbum colaborou para que o grupo realizasse novas experiências, como usar diferentes instrumentos, entre eles o violão e o piano.
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Uma das canções mais marcantes do disco é Time to Give , a última a ser finalizada e que eles descrevem como “a melhor música em dez anos”. “Nós amamos essa música e estamos muito orgulhosos dela”, falou Charles.
Em relação ao que mudou ao longo desses dez anos, o baixista do White Lies acredita que a música ainda move as pessoas, mas que elas precisam se lembrar disso. Uma coisa que eles garantem não ter sido alterada é o vínculo de amizade do grupo. “Nossa humildade, determinação e dedicação em sermos tão estúpidos na companhia um do outro o quanto pudermos até que alguém quase vomite de tanto rir”, brincou o baixista.
“Posso dizer com segurança que somos uma banda mais forte do que nunca e mais empolgados com o futuro do que nunca”, completou.
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Cave também falou sobre o cenário do rock no Reino Unido. “Acho que está em um estado horrível, e tem sido assim por anos. Isso se deve em parte a um total desrespeito pelos nossos amados locais de música ao vivo”, começou ele. “Eu não estou chateado com o fechamento de locais - isso é tudo parte da oferta e demanda -, mas como muitos dos locais ainda em funcionamento foram deixados para se desintegrarem”, criticou.
O artista relatou a diferença do norte da Europa para os outros lugares do mundo. “A Holanda, a França, a Dinamarca… No momento em que você pisa nesses locais, sabe que eles são administrados por pessoas que amam a música, que querem que os artistas e o público se sintam bem-vindos e apaixonados pelo que estão fazendo lá”, comparou. “Músicos britânicos que querem criar e ter sucesso estão se mudando para a Califórnia”, declarou o músico.
White Lies lança Tokyo
Tokyo , recém-lançada pelo grupo, reflete o ponto de vista de um homem que está perdendo sua mulher. O trio declarou que essa música reflete bem a indústria fonográfica atual, em que toda arte começa com ser um ‘tolo’.
“Não importa se alguma pseudo-diva com cara de poeta entra na sala de escrita dizendo que quer escrever uma canção sobre seu relacionamento com seu pai ausente... Você ainda terá que começar com o mesmo golpe de tolice: você vai ter que colocar os dedos no piano sem um cuidado e nenhum senso de direção até que eles tenham feito o primeiro som”, explicou Charles.
A banda gravou o clipe de Tokyo no final do ano passado em Tijuana, no México, sob a direção de David Pablos.
O diretor afirmou que sabia exatamente o que fazer quando escutou a canção do White Lies . “Tinha certeza de que a filmagem teria que acontecer durante a noite. Tudo começa com cenas da vida vistas através de janelas, que se transformam quando vistas de perto. Cada janela é uma metáfora; mais do que um espaço real, é a representação de um estado mental. Neste clipe, queríamos mais do que mostrar a cidade, queríamos capturar os rostos e as personalidades de cada um dos personagens”.