Na manhã desta quarta-feira (13) o Presidente Jair Bolsonaro anunciou em seu Twitter que todos os patrocínios da estatal Petrobras serão revisados. De acordo com ele, o motivo disso seria “maior transparência e melhor empregabilidade do dinheiro público”.
Quem sofrerá com essas mudanças serão os setores teatral e audiovisual, que hoje recebem os principais recursos da Petrobras . De acordo com o colunista d’ o Globo Lauro Jardim, a maioria dos contratos nessas áreas serão desfeitos, com exceção de poucas iniciativas, como a Orquestra Sinfônica Petrobras e o MAM no Rio de Janeiro.
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Entre os contratos que serão cancelados estão o do Teatro Poeira, a Companhia de Dança Deborah Colker e a Casa do Choro, todos no Rio de Janeiro, o Grupo Galpão em Minas Gerais, o Festival de Cinema do Rio e o Festival Anima Mundi.
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Bolsonaro disse ainda que o foco da verba da estatal será em educação infantil e “manutenção dos recursos empregados à Orquestra Petrobras”. De acordo com o site da própria estatal, eles têm contratos de patrocínio ativos que somam R$ 3,5 bilhões e se estendem até 2021. “Reconheço o valor da cultura e a necessidade de incentivá-la, mas isso não deve estar a cargo de uma petrolífera estatal”, chegou a dizer o Presidente na quinta-feira (07).
O futuro das artes sem a Petrobras
Em 2003 a estatal criou o Programa Petrobras Cultural que, desde então, já patrocinou mais de quatro mil projetos culturais. Além da cultura, o esporte também pode perder apoio do Governo. No início de seu mandato, o Presidente já havia desfeito o Ministério da Cultura, transformando-o em uma secretaria dentro do Ministério de Cidadania.
O setor audiovisual sozinho representa 0,46% do PIB brasileiro, gerando cerca de R$ 25 bilhões por ano, sendo boa parte dessa produção incentivada pela Petrobras .