Curiosamente, dois diretores indicados na categoria no Oscar 2019 fizeram filmes em preto e branco. Mas, enquanto Alfonso Cuarón recorreu às memórias de infância para fazer “Roma”, o polonês Pawel Pawlikowski contou uma história de amor impossível durante os anos da Guerra Fria.
O diretor talvez seja o nome menos “hypado” da lista de Melhor Diretor divulgada na terça-feira (22), mas com certeza não lhe falta talento. Em 2015 Pawel Pawlikowski levou para casa o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pelo tocante “Ida”, porém sua carreira expande as barreiras da Polônia.
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Ele já fez o inglês “Meu Amor de Verão”, que foi reconhecido pelo BAFTA como melhor filme britânico em 2005, mudou sua localização para Paris e apostou em Ethan Hawke em “Estranha Obsessão” e tratou de política russa em “Last Resort”.
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“ Guerra Fria ” é seu segundo filme em preto e branco, e o mais bem sucedido até aqui. O filme se passa na Polônia, Alemanha, França e a antiga Iugoslávia e conta a história de um casal, Wiktor (Tomasz Kot) e Zula (Joanna Kulig), com histórias e passados completamente diferentes, que engatam um romance que parece destinado a um final infeliz. Integrantes de uma trupe musical, eles se tornam amantes e decidem fugir juntos. O amor aparentemente impossível se mescla ao clima de perseguição e conflito iminente do pós-guerra, com pitadas de política e espionagem.
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Além do Oscar de Melhor Diretor o filme também foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro e, numa campanha internacional que se não fosse “Roma” poderia ser chamada de muito sucesso, conseguiu ser incluído em uma terceira categoria, Melhor Fotografia.
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A indicação do diretor mostra que a Academia está disposta a buscar novos olhares no cinema. Além dele e do citado Cuarón, que é mexicano, o grego Yorgos Lathimos garantiu uma vaga, tornando a categoria majoritariamente internacional. E merecida para Pawel Pawlikowski .