A arte feminista feita pela artista plástica Andréa Tolaini, de 34 anos, tem se expandido em meio a várias exposições realizadas no Brasil e em outros países, como Portugal e Espanha. O projeto mais recente de Andréa, intitulado "SEIVA", busca uma nova forma de abordagem sobre o universo feminino e a intimidade que o circunda. Trata-se de uma compilação de suas ilustrações favoritas, todas voltadas às dores e aos prazeres da mulher.
Leia também: "A arte tem como princípio a recusa do existente", diz socióloga sobre polêmicas
Andréa Tolaini almeja expandir conceitos em torno da liberdade sexual, emocional e afetiva, por meio de sua arte feminista : "Temos aprendido a não ter medo de expressar o que pensamos. Começamos a ter carinho pelo nosso próprio corpo. Estamos abraçando a autonomia. Queremos escolher, mais e mais, o que é melhor para nós mesmas", a artista plástica introduziu o seu raciocínio.
Andréa mescla arte e feminismo com suas ilustrações . Sobre o projeto e as intenções por trás dele, Tolaini declarou: "Dentro disso, de uma maneira ainda mais ampla, precisamos reconhecer nossas forças e limitações. É assim que vamos mudar aquilo que não é construtivo. Afinal, a verdadeira liberdade está em se conhecer e, numa sociedade onde a ordem é racional e sistemática, eu entendo que a revolução deve ser feita partindo das emoções", a artista feminista trouxe à tona as informações sobre o seu trabalho.
Tolaini concluiu sua dissertação apontando a relação que a sua arte possui com o emocional de seu público alvo, ou seja, a mulher: "E este é o tema central do meu trabalho. Costumo dizer que é como um zoom no coração das mulheres”, Andréa afirmou.
Andréa é responsável por falar do universo feminino com sua arte feminista
Leia também: Mulheres radicais: 10 artistas latinas para conhecer na exposição na Pinacoteca
Andréa Tolaini nasceu na cidade de São Paulo, e teve contato com manifestações artísticas desde a infância, por influências de sua mãe - também artista visual. Tolaini passou a estudar artes e levar isso como sua carreira a partir de 2009, com a morte de sua mãe. A graduação lhe trouxe novas descobertas diante do mundo feminino.
Além disso, André morou em Londres, capital da Inglaterra, em 2012. Lá, adquiriu conhecimentos em pintura, desenho e ilustração, por meio da University of Arts of London. Seu retorno ao Brasil em 2013 resultou na formação em artes plásticas na Escola Panamericana de Artes. Foi nessa época que montou seu primeiro ateliê, mantido até hoje.
Leia também: Colorismo é debatido fora da militância e pode mudar os rumos das artes visuais
Andréa já expôs sua arte feminista
em Porto, cidade de Portugal, e em Barcelona, na Espanha. É também a idealizadora do projeto "Marias", uma exposição coletiva itinerante de mulheres latino-americanas.