O cinema de ação descobriu as mulheres. Enquanto Barbara Broccoli, uma das principais produtoras responsáveis pelos filmes de 007, precisa responder se James Bond ganhará uma versão feminina no futuro próximo, filmes como “Mulher-Maravilha” (2017), “Atômica” (2017) e “As Viúvas” (2018) geram hype e bilheteria em volume jamais visto. Nesse cenário, Jennifer Garner, que surgiu para o estrelato protagonizando a série de ação e espionagem “Alias”, é uma vanguardista.
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Jennifer Garner está de volta aos cinemas em “A Justiceira” , que estreia no próximo dia 18 de outubro nas salas brasileiras. O filme é dirigido por Pierre Morel, o francês responsável por “Busca Implacável” (2008), aquele filme de ação que ajudou a reimaginar Liam Neeson na cultura pop, e “O Franco-Atirador” (2015), que mostrou que Sean Penn pode ser casca-grossa no cinema de ação também.
“Quando encontrei pela primeira vez com Pierre tivemos uma reunião excelente. Eu tinha adorado 'Busca Implacável', porque acho que ele consegue fundir a ação e as cenas ao drama, com um sentindo realista”, observa a ex-mulher de Ben Affleck em entrevista cedida com exclusividade ao iG . “Ele é muito claro e tem um bom olho para a ação e o movimento de câmera. Eu e ele estamos sempre na mesma página e focados no realismo, o que eu amo”.
Em “A Justiceira”, Garner é Riley North, que após seu marido e filha serem assassinados se impõe um autoexílio, no qual se aperfeiçoa como uma verdadeira máquina de matar, e retorna cinco anos depois para se vingar dos responsáveis por essa violência abismal.
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“Minha personagem, Riley, vê tudo o que acontece na frente dela, vê as pessoas que mataram sua família e perde a cabeça, obviamente. Ela também acaba ferida e, ao se recuperar, quer que a justiça seja feita e que essas pessoas sejam presas”. Mas o sistema falha e isso é recorrente em produções hollywoodianas como atesta a recente refilmagem de “Desejo de Matar”, estrelada por Bruce Willis.
Garner, no entanto, vê justamente no fato do filme não ser uma refilmagem um elemento positivo. “Fiquei muito animada quando li o roteiro pela primeira vez, porque é uma história original, não é baseada em nada e isso não acontece mais. E tem uma mulher forte como protagonista”, argumenta a atriz.
“Por que outra coisa você lutaria mais do que sua família ”, pondera ao evocar a identificação latente com sua personagem. “Eu nunca tinha tido a chance de atuar de acordo com essa necessidade visceral de proteger ou defender ou cuidar assim de alguém da família”.
Jennifer Garner está de volta à ação
“Não filmava uma cena de luta desde ‘O Reino’ (2007)”, recorda a atriz. “Nessa época, minha primeira filha estava aprendendo a engatinhar e hoje já tem 12 anos. Esse filme tem mais de 11 anos”, espanta-se. “Mas eu tinha certeza que podia retomar minhas habilidades! Eu sei treinar, conheço a disciplina necessária”.
Garner, que ainda em 2018 estreia a nova série de comédia da HBO, “Camping”, já está acostumada a viver mulheres empoderadas, mas admite que a questão maternal exerceu grande influência na escolha pela protagonista de “A Justiceira”.
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“Riley deixa um massacre, então ela não é alguém que se deva imitar. Mas, o que está por trás dessa lógica, o fato de que ela diz ‘eu não preciso deles (homens), eu posso, eu sou uma mãe e eu vou fazer o que eu preciso’, foi isso que me inspirou”, finaliza Jennifer Garner .