Harry Styles já havia provado no ano passado, com o lançamento de seu primeiro disco solo , do que era capaz. Liberto das imposições de ser membro de uma boy band, ele pode criar uma obra que fosse totalmente sua e assim surgiu seu belíssimo primeiro álbum. Em turnê desde o lançamento, ele finalmente trouxe seu show ao Brasil, depois de passar por centenas de cidade ao redor do mundo. E, mesmo sem precisar provar sua qualidade que já ficou evidente no disco, ele a faz, noite após noite. E fez de novo na noite de terça-feira (29) em São Paulo.
Qualquer adjetivo para descrever a apresentação ao vivo de Harry Styles vai parecer piegas, mas a verdade é que o cantor é uma força da natureza. Comparado por muitos com Mick Jagger, ele merece a analogia. No palco, ele brilha (literalmente, já que sua camisa por si só era um show) e deixa claro que nasceu para isso.
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Com a plateia aquecida por conta do ótimo Leon Bridges, incumbido da missão de abrir a turnê do cantor, ele se surpreende logo na primeira nota com a altura das fãs, alucinadas com a sua presença.
Ele abriu a noite com Only Angel que, como aconteceria o resto da noite, contou com um imenso coro dos fãs. Ele ainda emendou Woman e Ever Since New York até dar seu primeiro boa noite e declarar, no melhor português que pode encontrar, que estava com saudades. “Por favor, sejam quem vocês quiserem ser hoje” pediu para a plateia que respondeu com carinho e devoção, cantando de cabo a rabo todas as músicas.
Teve muito choro, momentos emocionantes, um jogo de luz criado pelos fãs que formava a bandeira LGBT, músicas do One Direction e um cover de Fleetwood Mac. De seu álbum nada ficou de fora, e ainda teve espaço para Medicine , que não foi lançada como single, mas é o trunfo do show. Bem rock’n roll, a faixa é um presente disponível apenas na turnê, mas que tem cara e tom de single.
Harry Styles à vontade
Harry está mais confortável do que nunca em sua própria pele, e isso é mostrado a cada música. Em momentos mais animados como durante Stockholm Syndrom , que ele parou no meio para verificar se um fã na frente passava bem, até From The Dining Table que marcou a parte final do show, o cantor dançou, tocou guitarra e violão, mostrou afinidade com a banda e um conforto com o espaço em que ocupa que o faz irresistível. Com um telão que ocupava a parte de cima do palco, um jogo de luzes lindo, mas sem tirar o foco e uma banda entrosada, não teve quem não cantasse ou se emocionasse.
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A altura do público fez com que o cantor perdesse a voz mais para o fim da apresentação e muitas meninas levaram a emoção ao limite, já que os bombeiros tiveram que retirar algumas fãs aos prantos que passavam mal no meio da pista. Mas é fácil entender o amor e a devoção por Harry. O sorriso fácil, o jeito simpático e gentil, o carinho com que trata o público e suas próprias músicas ficam evidentes.
Ouvir seu disco e vê-lo em turnê só aumentam a expectativa para seus trabalhos futuros e deixam uma coisa clara: Harry tem uma longa e frutífera carreira pela frente. No final do show, a sequência de From The Dining Table , Tha Chain (cover do Fleetwood Mac) e Kiwi é arrasadora e mostra uma energia nova. No final de Kiwi , a sensação que fica é de que o show poderia continuar por mais horas. Que venha mais Harry Styles!
Setlist Harry Styles em São Paulo
- Only Angel
- Woman
- Ever Since New York
- Two Ghosts
- Carolina
- Stockhol Syndrom
- Just a Little Bit of Your Heart
- Medicine
- Meet me in The Hallway
- Sweet Creature
- If I Could Fly
- Anna
- What makes You Beaultiful
- Sign of the Times
- From The Dining Table
- The Chain
- Kiwi
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