Estreia deste fim de semana no cinema, o mais novo filme de Carolina Jabor , “Aos Teus Olhos” conta a história de Rubens (Daniel de Oliveira) que é um professor de natação de pré-adolescentes em um clube. Entretanto, toda sua extroversão e carisma acabam tornando-se mal vistas depois que um dos seus alunos, Alex (Luís Felipe Melo), conta à mãe que o professor lhe deu um beijo na boca no vestiário.
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A trama esquenta quando os pais decidem expor o professor através das redes sociais, sem provas do crime, incitando um linchamento virtual que tem início por mensagens no WhatsApp explodindo no Facebook. Apesar da temática trazer o mundo digital à tona, “Aos Teus Olhos” de Carolina Jabor não é o primeiro filme que alerta para as medidas drásticas tomadas de cabeça quente. Confira outras sete obras que trazem à tona a polarização social e de pessoas em situações para lá de perturbadoras.
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“Infâmia” (1961)
Com Audrey Hepburn e Shilery MacLaine, o longa de William Wyler transpassa a história de duas grandes amigas que administram um colégio interno só para meninas. Entretanto, uma vida plena acaba sendo virada de cabeça para baixo depois que uma aluna, após ser reprendida pelas professoras, acaba soltando um boato que faz com que muitos acreditem que elas são lésbicas gerando uma série de consequências para suas vidas.
“Dúvida” (2008)
De John Patrick Shanley, o longa que recebeu cinco indicações ao Oscar naquele ano narra a história de um carismático padre que tenta acabar com rígidos costumes de uma escola localizada no Bronx. A diretora, por outro lado, não gosta nada desses tipos de mudanças e a partir de um boato de assédio do padre com a única criança negra da escola a irmã enfrenta uma cruzada contra o padre para expulsá-lo da escola a qualquer custo.
“Incêndios” (2010)
O drama canadense de Denis Villeneuve conta a história de dois irmãos que acabaram de perder a mãe e vão à procura do testamento deixado por ela. No documento, há uma série de exigências da falecida que os filhos terão que correr atrás para cumprir. Nessa jornada, por outro lado, eles acabam descobrindo mais sobre o passado de uma mãe que era mais complexa do que se imaginava.
“A Caça” (2012)
O longa de Thomas Vinterberg narra a história de Lucas (Mads Mikkelsen), que acaba de dar entrada em seu divórcio. Com um novo emprego na creche local e uma nova namorada, ele está buscando recomeçar a vida e ansioso para a visita de seu filho na pequena cidade dinamarquesa. Entretanto, tudo parece virar de ponta cabeça quando uma aluna, apaixonada pelo professor, acaba confundido as relações e faz uma acusação de abuso contra o funcionário, desencadeando uma rede de ódio da comunidade em que vive.
“Os Suspeitos” (2013)
Com Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal, este thriller de Denis Villeneuve se passa em Boston, nos Estados Unidos, trazendo à tona a vida de uma família comum estadunidense. A felicidade estampada em seus rostos muda drasticamente quando uma criança desaparece. A polícia, pressionada pela comunidade, logo prende um suspeito, mas acaba soltando por falta de provas. Entretanto, um dos patriarcas da região está convicto de que o suspeito é, na verdade, culpado e decide sequestra-lo para arrancar a verdade dele de qualquer forma.
“Relatos Selvagens” (2014)
O filme de Damián Szifron traz uma série de histórias que transpassam uma realidade crua que nos faz questionar os limites entre civilização e barbárie. Com pequenos relatos, como indica o título do filme, cada pequeno detalhe do cotidiano nas mais diversas situações de uma sociedade aparentemente comum acaba desencadeando uma violência em cadeia mostrando que o ser humano é capaz de perder o controle por muito pouco.
“The Square” (2018)
Um dos indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o sueco “The Square” traz discussões sobre a arte nos holofotes do cinema. O longa retrata o gerente de um museu que busca promover a qualquer maneira o sucesso de uma nova instalação, contratando, inclusive, uma empresa para trazer o assunto na mídia. Entretanto, a estratégia acaba gerando diversas consequências que geram diversos questionamentos a verdadeira razão de se fazer arte e a quem ela pertence.