Quem ainda não conhece a banda Dom Pescoço , proveniente do interior de São Paulo, mais precisamente de São José dos Campos, ganha uma boa oportunidade com o lançamento de “Tropsicodelia” nesta quinta-feira (5).  Trata-se do primeiro disco da banda formada por Rafael Pessoto (guitarra e voz), Luiz Felipe Passarinho (bateria e voz), Gabriel Sielawa (cavaco, guitarra e voz) e Dom de Oliveira (baixo e voz).

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Imagem de divulgação do disco Tropsicodelia
Divulgação
Imagem de divulgação do disco Tropsicodelia

A pluralidade marca o disco, mas esta não é sua característica mais perene. A brasilidade de “Tropsicodelia” banha os ouvidos ao longo das dez faixas, sete delas inéditas.  “Tudo é muito compartilhado na questão de arranjo, composição, ideias e discussões”, observa Dom de Oliveira ao iG Gente . “Várias canções nascem do nada, em conjunto, dentro do ensaio com todos interferindo e criando em conjunto as letras. Outras são músicas que acabam nascendo prontas e algum de nós leva para a roda de ensaio. Daí é foco no arranjo, sempre uma piração total na questão”.

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Esse frescor, esse sabor de improvisação pode ser sentido em algumas faixas como em Fico um Tanto , sampleada e cheia de bons momentos vocais e instrumentais paridos em uma piração sonora.

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Processo de gravação

"Antes da gravação a banda inteira ficou imersa na roça, na zona rural aqui em São José dos Campos. Ficamos lá ensaiando por meses até ficarmos satisfeitos com os arranjos, com a criatividade deles. E eles são vivos, sempre mudamos conforme a gente toca, vai ficando ainda mais íntimo”, comenta Luiz Felipe Passarinho.

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Essa premissa mutante dá ao disco uma fluência que, se não ímpar na cena independente musical brasileira, renovada e cheia de energia para um disco que se pretende o cartão de visitas de uma banda tentando acontecer.

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Os integrantes da banda Dom Pescoço em arte promocional de Tropsicodelia

O Dom Pescoço apresenta uma música capaz de se comunicar com a roça e com a cidade grande. Uma sintonia incomum em tempos tão polarizados, inclusive na cultura.

Depois da porrada sonora, mas capial, que é Menino vem La Ursa cheia de ginga, haxixe e um irresistível ar de malandragem.  “E assim, vamos... pirando, ensaiando, fazendo dançar e puxando a criatividade”, sacramenta Passarinho. “Tentando, pelo menos”.

“Tropsicodelia” , com sua profusão de temas e sons, pode ser encontrado nas plataformas de streaming a partir desta quinta-feira (5).

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