“Este é o ano de Gary Oldman ”. Esta é a frase mais ouvida da temporada de prêmios. Desde que “O Destino de uma Nação” foi exibido pela primeira vez no festival Telluride, em setembro, o buzz em torno da performance do ator inglês de 59 anos se agigantou. Fato é que o britânico ganhou a maioria dos prêmios da temporada por sua interpretação de Winston Churchill no filme de Joe Wright, inclusive o Globo de Ouro, o Critic´s Choice Awards, o SAG e o Bafta.
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Esta é apenas a segunda vez que o ator concorre ao Oscar . A primeira foi em 2012 por “O Espião que Sabia Demais”. É até certo ponto surpreendente a demora da Academia a louvar a brilhante carreira de Oldman, um ator muito querido e venerado e neste ano ele parece reunir sob seu guarda-chuva todos os instrumentos para o triunfo. Uma atuação expansiva, de uma figura histórica e reverenciável, com grandes cenas e em um momento que o mundo sente falta de grandes estadistas. A academia adora premiar performances que rezam essa cartilha.
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Outro inglês, no entanto, pode aguar o chope de Oldman. Daniel Day Lewis dispensa apresentações. Maior vencedor do Oscar entre atores, assim como Jack Nicholson tem três estatuetas, o britânico de 60 anos é adorado como uma divindade na comunidade do cinema. Além do fato de ostentar o melhor trabalho entre os indicados, Day Lewis anunciou que sua interpretação em “Trama Fantasma” será sua última. A aposentadoria é algo que sempre vem à baila com Day Lewis, mas os longos hiatos entre seus filmes e o fato de já ter 60 anos devem ser levados em consideração. É um lobby e tanto e pode ser irresistível para muitos acadêmicos distinguir Day Lewis como o maior ator de todos os tempos no âmbito do Oscar.
O americano tranquilo
Há outro veterano muito celebrado também disputando o Oscar entre os atores em 2018. Trata-se de Denzel Washington que volta à categoria em que disputou ano passado com “um Limite Entre Nós”. Dessa vez com “Roman J. Israel, Esq.”. Esta é a oitava nomeação do astro de 63 anos, o que coloca como o quinto ator mais indicado ao Oscar na história e o maior entre os negros. Washington já ganhou duas vezes, mas aqui com um filme pequeno e pouco visto, tem parcas chances.
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Os novatos promissores
Completam a categoria Daniel Kaluuya , 29 anos, e garantindo a maioria britânica na disputa, e Timothée Chalamet , 22. O primeiro pelo thriller “Corra!” e o segundo pelo drama “Me Chame pelo Seu Nome”. Os dois entram para a galeria dos mais jovens atores já nomeados na categoria. São trabalhos vistosos e dignos do reconhecimento, mas incapazes de fazer sombra aos veteranos Gary Oldman e Daniel Day Lewis.