Formada em 2014 em São Paulo, a banda Ego Kill Talent já alçou grandes voos em poucos anos. Com Jean Dolabella (bateria, guitarra), Jonathan Correa (vocais), Niper Boaventura (guitarra, baixo), Raphael Miranda (bateria, baixo) e Theo Van Der Loo (guitarra, baixo), o grupo ressurge com garra no cenário da música brasileira trazendo à tona as guitarras pesadas e a bateria assertiva do rock nacional. O sucesso rendeu ao grupo dois grandes eventos em menos de um mês: a abertura do show do Foo Fighters e Queens Of The Stone Age, que roda por Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além da participação em um dos maiores festivais de música de São Paulo, o Lollapalooza , onde se apresentará no fim de março ao lado de bandas como Pearl Jam e The National.
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“Sem dúvida o mundo está se movendo muito depressa, e o sentimento disso tudo, para nós que estamos nesse barco, é de velocidade mesmo, e estamos muito felizes com isso. Nós lançamos o disco completo há um ano, e a repercussão está sendo incrível”, afirma o músico Theo Van Der Loo ao iG Gente. O disco homônimo, “ Ego Kill Talent ”, lançado no ano passado, já ultrapassou mais de 10 milhões de cliques nos serviços de streaming e agora a banda se prepara para uma turnê no verão europeu. “Estamos caminhando nas nuvens e trabalhando muito, pois queremos aproveitar o máximo possível tudo o que está acontecendo”, completa.
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O sucesso, entretanto, pode ser explicado também pela trajetória dos músicos, que uniram forças após participarem de projetos de sucesso do cenário musical brasileiro, como Sepultura e Reação em Cadeia, mas como revela Van Der Loo, o trabalho atual se expressa como um projeto bem distinto. “A principal diferença, e posso dizer isso por todos os integrantes, é a vibe da banda, e o relacionamento entre todos os integrantes. Todos nós chegamos bem maduros, então há mais compreensão e um valor maior por parte da amizade. Com isso o artístico flui de um jeito mais natural, saudável e real”, afirma.
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Compor as canções, por sua vez, é “bem orgânico”, como afirma o músico. “Nós trabalhamos como se fossemos uma entidade formada por cinco pessoas, o que gera uma troca grande de ideias e sugestões. É como se entrássemos numa zona criativa, onde o interesse é resultado da música que vai surgir, e não quem trouxe a ideia. E aí buscamos achar algo que nos emocione, é esse o sentimento”, conta. Segundo o guitarrista e baixista, a intenção ao escrever uma canção é sempre criar algo que “arrepie” não só os próprios integrantes da banda, mas também tenha potencial de tocar o público.
Sem freio
O desejo de produções emocionantes se concretizaram recentemente com o clipe de Last Ride , lançado no final de fevereiro. Apesar de ter sido gravado no Atacama com uma super produção, Van Der Loo afirma que nem sempre é necessário atravessar o continente para ter bons resultados. “Achamos que o rock precisa de coisas ‘do caralho’, sim. Independente do tamanho. Às vezes não precisa disso tudo, depende apenas de uma boa ideia feita com cuidado, carinho e dedicação. E aí você tem resultados incríveis feitos de maneira simples, mas que foram feitos com muita paixão, verdade e esforço”, comenta, citando também outras bandas brasileiras que nutre admiração, como Far From Alaska e Projeto46. “Tudo quando é bem feito, que tem uma dedicação artística e uma verdade, toca as pessoas”.
Sem freio, a banda já lançou dois EPs e agora se prepara para mais novidades em 2018: um single e uma música nova, ainda sem data específica para lançamento. Mas, enquanto as novas produções não chegam, Van Der Loo já antecipa o que os fãs podem esperar para os shows no próximo mês: “estamos com sangue no olho para subir nos palcos, tocar e dar de tudo da gente”. Com uma playlist construída com todo o cuidado pelos integrantes do Ego Kill Talent, o músico revela: “Vamos entregar tudo o que pudermos, deixaremos nossa alma nos palcos”.