Todo ano a gente aguarda ansiosamente por uma chance de entrar entre os indicados a Melhor Filme Estrangeiro no Oscar. Apesar de só ter entrado oficialmente quatro vezes nessa categoria nos 90 anos de premiação, a expectativa sempre surge quando temos bons candidatos. Não era o caso esse ano com “ Bingo: O Rei das Manhã s” que, apesar de ser um filme ótimo, não se enquadra nos padrões da Academia.

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Carlos Saldanha representa o Brasil no Oscar 2018: diretor foi indicado por
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Carlos Saldanha representa o Brasil no Oscar 2018: diretor foi indicado por "O Touro Ferdinando"

Isso não significa que não tenhamos representantes brasileiros no Oscar 2018. Carlos Saldanha foi indicado pela direção da animação “O Touro Ferdinando”, fazendo dele o único brasileiro com mais de uma indicação (a primeira foi pelo curta de animação “A Aventura Perdida de Scrat” – com aquele esquilo fofo e irritante de “A Era do Gelo”).

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Mas ele não é o único brasileiro prestigiado no Oscar. Rodrigo Teixeira recebeu uma indicação como produtor de “ Me Chame pelo Seu Nome ”, abrindo o escopo de brasileiros indicados fora da categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Rodrigo Teixeira com o elenco e equipe de
Divulgação
Rodrigo Teixeira com o elenco e equipe de "Me Chame pelo Seu Nome" - produtor foi indicado ao Oscar pelo longa

No total, o Brasil já entrou nessa categoria quatro vezes, todas antes dos anos 2000: A primeira vez foi em “O Pagador de Promessas”, de 1963, seguida de “O Quatrilho” (1996), “O Que É Isso, Companheiro?” (1998) e “Central do Brasil” (1999), com Fernanda Montenegro indicada a Melhor Atriz. A partir do século seguinte, porém, o país foi representado em outras categorias.

Cidade de Deus

O maior sucesso nacional na premiação até hoje foi “ Cidade de Deus ”, de Fernando Meirelles. O filme não entrou na lista de estrangeiros, mas conseguiu quatro indicações em grandes categorias: Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, melhor Fotografia e Melhor Edição.

Saldanha já dirigiu também “ Rio ” que, apesar da popularidade, não chegou a ser indicado. A música do filme, porém entrou na categoria Melhor Música, com Sérgio Mendes e Carlinhos Brown na disputa em 2012.

Na categoria de curta-metragem, o Brasil participou uma vez só: em 2001 com “Uma História de Futebol”, de Paulo Machline, que conta uma história ficcional sobre a infância do jogador Pelé.

Entre os documentários, o país entrou duas vezes na disputa, ambas nessa década: em 2011 com “Lixo Extraordinário”, sobre o trabalho de Vik Muniz, e “O Sal da Terra”, em 2015, sobre o trabalho do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado.

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Seguindo a boa fase nos últimos anos, 2016 também teve uma participação brasileira no Oscar com “O Menino e o Mundo” na disputa de Melhor Animação. Ao contrário de Saldanha que é brasileiro, mas trabalha com a Pixar, o filme de Alê Abreu tem produção nacional.

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