Todo final de ano é a mesma coisa: os maiores sucessos comerciais ficam por conta dos heróis, mas os longas de diretores renomados, bem como dramas indies, acabam por circularem no circuito de prêmios . Mesmo com uma bilheteria aquém do esperado, o ano foi recheado de boas supresas originais (oi “ Baby Driver ”!) e flops esperados (“Baywatch”). No meio disso, alguns filmes eram mais aguardados, seja pelo gabarito dos diretores ou pelo elenco estrelado. Mas, na hora do “vamos ver”, decepcionaram feio. Listamos a seguir as maiores decepções do cinema em 2017. Será que seu favorito entrou nessa lista?
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"Boneco de Neve"
O filme do diretor de “O Espião Que Sabia Demais” era muito aguardado. Primeiro pelo gabarito do longa anterior, indicado a três prêmios Oscar, segundo pelo elenco. Chefiado por Michael Fassbender , o filme conta ainda com Rebebcca Ferguson, Charlotte Gainsbourg, Val Kilmer, Chloë Sevigny, J.K. Simmons, James D’Arcy e Toby Jones. O roteiro é baseado na obra de Jo Nesno, de um dos livros mais vendidos no mundo nos últimos anos. Mas, algo deu errado no meio do caminho (ou um pouco de tudo, depende da perspectiva) e o filme é simplesmente ruim e não vale a ida ao cinema.
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"Vida"
Lembra desse filme? Ele estreou em abril com nada mais nada menos que Jake Gyllenhaal e Ryan Reynolds no papel principal. Rebecca Ferguson, em seu segundo flop do ano, completa o elenco. Aproveitando a boa fase dos filmes no espaço, Daniel Espinosa fez uma mistura de “Alien” com “Gravidade” que até serve como ficção de “Sessão da Tarde”, mas que, considerando o elenco, deveria ser muito mais.
"Alien: Covenant"
Ridley Scott foi um dos percursores dos filmes de alienígena quando lançou, em 1979, “ Alien – O Oitavo Passageiro”. Com a ideia de que tinha mais da história para contar, ele lançou “Prometheus” em 2012, que ficou aquém do esperado. Mas, em “Alien: Covenant” a expectativa era ainda maior, já que seria conectado ao clássico de 1979. Mas, na prática, o filme se assemelhou mais a “Prometheus” e decepcionou os fãs do original. Não é um dos piores do ano, mas não agradou o suficiente para entrar na lista dos melhores.
"Dunkirk"
O novo filme de Christopher Nolan será muito comentado a partir de agora, com o começo do período de premiações. E o filme do diretor não é ruim. Mas, está longe de alcançar outros sucessos do diretor, como “A Origem” ou “O Cavaleiro das Trevas”. Com boas atuações, porém esquecíveis, o maior trunfo do filme foi sua conquista técnica: fotografia e edição de som foram muito comentadas. Quando o maior elogio a ser feito a um filme é seu som, talvez ele não seja tudo isso não é mesmo?
"A Vigilante do Amanhã"
Depois do impressionante bom resultado de “Lucy” e com outras grandes películas de ação em seu currículo, Scarlet Johansson está mais do que gabaritada para viver uma heroína no cinema. E foi pensando nisso que Rupert Sanders a considerou para estrelar “Ghost in the Shell”. Mas, desde a escalação o filme já se envolveu em polêmica já que a personagem interpretada por Johansson nos quadrinhos do qual o filme se baseia é oriental. Soma-se a isso o fato de que o filme não alcançou as expectativas, e ele entra para a lista de decepções do ano.
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"War Machine"
A primeira produção da parceria do então casal Jolie/Pitt com a Netflix foi lançada em maio, envolta de expectativa. Brad Pitt em um papel mais cômico que, se bem trabalhado pode dar certo (vide “Queime Depois de Ler”). Mas depois de disponível no streaming o filme foi rapidamente esquecido, mostrando que o estúdio ainda não conseguiu emplacar um “blockbuster” de sucesso.
"Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar"
Quem diria que, depois de ser indicado ao Oscar por um papel tão inventivo e divertido como Jack Sparrow, Johnny Depp ia cansar no papel. Pois nem Disney nem Jerry Bruckheimer nem Depp souberam parar e, no quinto filme, a franquia está mais do que esgotada. O novo filme tentou criar um novo casal principal, bem como trazer de volta Orlando Bloom e Keira Knitghley, mas nada adiantou e o filme é um bom exemplo de quando é necessário aceitar a derrota e tirar o time de campo.
"Velozes e Furiosos"
Sim, a história é a mesma. Depois de OITO filmes, “Velozes e Furiosos” faz pouco sentido e existe por puro interesse comercial. Mas, por que esse filme entra na lista? Porque depois de 16 anos, o novo longa contou com ninguém menos que Charlize Theron . A atriz, vencedora do Oscar e conhecida pelos ótimos filmes que protagoniza, entrou na franquia e deixou muita gente sem entender sua motivação. Ainda assim, ela foi o incentivo para muitos assistirem o filme e descobrirem que não, nada mudou.
"De canção em Canção"
Terrence Malick é um diretor controverso, por não se encaixar nos padrões e fazer longas inventivos, seja pela estética ou pela mensagem. Mas, em “De Canção em Canção” Malick se superou. Com um elenco mega estrelado, como Cate Blanchett, Rooney Mara, Michael Fassbender, Ryan Gosling e Natalie Portman, ele não se deu a trabalho de dizer coisa nenhuma. Com 42% no Rotten Tomatoes, o filme é um apanhado de imagens gravadas aleatoriamente, com os atores sem saber se estavam ou não sendo gravados.
"A Bela e a Fera"
Apesar de ser o maior sucesso comercial do cinema em 2017, “A Bela e a Fera” deixa a desejar. O motivo principal é Emma Watson , que não conseguiu se acertar com o cinema desde que saiu da franquia “Harry Potter”. Apesar de incorporar bem o papel, sua voz é bem fraca e o filme brilharia ainda mais com uma atriz com um vozeirão potente.
"O Rastro"
“O Rastro” foi a principal tentativa brasileira desse ano de se aproximar dos padrões hollywoodianos de cinema. Não deu certo. Teve marketing pesado em cima do filme, promoção dos atores, elenco estrelado ( Leandra Leal e Rafael Cardoso lideram o elenco). Mas nada disso foi suficiente para salvar o filme, que pretendia ser um terror, mas não conseguiu sair dos conceitos e referência básicas do gênero.
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