“Eu juro, ela é destinada às telas. A coisa mais próxima a Michelle Pfeiffer que você já viu”, é o que diz a música de Vance Joy, “ Reptide ”, sucesso de 2013. Um ano depois, o nome da atriz estaria na boca de todo mundo de novo, já que ela é citada em “Uptown Funk”, do Bruno Mars. A verdade é que Michelle Pfeiffer é uma atriz icônica que, desde “Scarface” passando por outros tantos sucessos ao longo de sua carreira, se mantém no imaginário da atriz clássica de Hollywood .
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Isso não significa que ela não se perca em seus papeis e sua longa e premiada carreira a deixaram entre as maiores atrizes do mundo. Porém, Michelle Pfeiffer decidiu dar um tempo. Em 2000, depois de estrelar mais de 30 filmes, ela diminuiu o ritmo de trabalho para se dedicar a família. Porém, em 2017, ela fez um retorno triunfal. Com quatro produções no cinema e uma na TV, neste ano a atriz voltou a reinar e o próximo ano também deve ser bem cheio, com sua participação em uma produção da Marvel .
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Scarface e o estrelato
Michelle Pfeiffer era um nome pouco conhecido em 1983, quando estrelou “ Scarface ”. Ela já havia protagonizado a sequência de “Grease: Nos Tempos da Brilhantina”, mas foi só no drama de Brian de Palma que ela pulou de vez para o estrelato. A partir daí, ela se tornou um dos nomes mais requisitados de Hollywood, e aparecia muitas vezes em mais de uma produção por ano. Ela fez “ As Bruxas de Eastwick ”, “De Caso com a Máfia”, além de duas produções que lhe renderam duas indicações seguidas ao Oscar : “Ligações Perigosas” e “Susie e os Baker Boys”.
Em 1992 sua popularidade iria aumentar ainda mais. Ela se tornou a mulher gato em “ Batman : O Retorno”. Sua interpretação de Selina Kyle entrou para a história e, até hoje, ela é considerada a melhor intérprete da personagem. No mesmo ano ela ainda foi indicada mais uma vez ao prêmio máximo no cinema por “As Barreiras do Amor”.
Pfeiffer tem uma carreira bem diversificada e varia entre dramas, como “Mentes Perigosas” a romances como “A Época da Inocência”, dirigido por Martin Scorsese, passando por fantasias como Batman e Eastwick. Ela também já protagonizou romances de “Sessão da Tarde” como “Um Dia Especial”, ao lado de George Clooney.
Aposentadoria
Em 2000, Pfeiffer decidiu que iria entrar em uma semi- aposentadoria , trabalhando menos para passar mais tempo com sua família. Ela tem dois filhos, Claudia Rose e John Henry Kelley e decidiu que iria se distanciar no cinema, escolhendo fazer filmes esporadicamente. Dona de uma produtora, a Via Rosa, ela ainda produziu mais um filme, “Pecado Original”, que iria estrelar, mas acabou desistindo, deixando o papel de protagonista para Angelina Jolie.
Mesmo trabalhando menos, ela nunca deixou de atuar e nesse período esteve em filmes como “Hairspray: Em Busca da Fama”, “Stardust: O Mistério da Estrela” e “ Lição de Amor ”, onde atuou ao lado de Sean Penn e Dakota Fanning.
Retorno triunfal
Em 2017, porém, Pfeiffer saiu de vez da “aposentadoria”. Este ano a atriz estrelou nada menos que quatro produções: o filme independente “Onde Está Kyra?”, onde foi protagonista, “ mãe! ” , “ O Assassinato no Expresso do Oriente ” e “ O Mago das Mentiras ”. O último deles feito para a HBO , rendeu a Pfeiffer uma indicação ao Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante. Já em “mãe!”, apesar de não ser a protagonista, a atriz rouba a cena como uma mulher que extrapola os limites da boa etiqueta ao infernizar a vida da personagem de Jennifer Lawrence ao se hospedar em sua casa sem ser convidada.
Com quatro filmes e uma indicação, 2017 marcou de vez sua volta aos holofotes e ainda garantiu seu retorno ao gênero de super-heróis, dessa vez na Marvel. Ela foi confirmada como Janet van Dyne em “Homem-Formiga e a Vespa”, sequência do filme de 2015 que chega aos cinemas em 2018.
Coadjuvante
Michelle Pfeiffer não é o tipo de atriz que passa despercebida, mesmo em filmes como os que fez esse ano, onde não era a protagonista. Porém, a decisão de escolher papeis de apoio foi acertada e ainda deu mais chance para que se destacasse. Para quem estava com saudades da atriz, esse foi o ano de tirar o atraso. Quem venham mais!
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