Mesmo depois de vinte anos do seu lançamento, o filme “Titanic” ainda faz parte da cultura pop ao redor do mundo. Apesar de ser considerado um clássico da sétima arte, a obra não está longe de enfrentar polêmicas. Assim como no Brasil em que o público questiona se Capitu traiu ou não Bentinho na obra "Dom Casmurro" de Machado de Assis, no filme de James Cameron a dúvida é: Jack (Leonardo DiCaprio) cabia ou não cabia no pedaço de madeira que Rose (Kate Winslet) utilizou para sobreviver? Em recente entrevista à Vanity Fair , o diretor comentou a polêmica, expressando o seu ressentimento com esses caçadores de mitos que frequentemente retornam com tudo no tema.
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“Obviamente é uma escolha artística, a questão é que a porta era grande o suficiente para segurar ela, mas não o suficiente para ele. Eu acho que é tudo meio bobo, mesmo, que nós estamos tendo essa discussão vinte anos depois”, afirmou o diretor de “ Titanic ”. “Mas isso mostra que o filme foi efetivo ao tornar Jack tão fascinante para o público que machuca vê-lo morrer. Se ele tivesse vivido, o final do filme não teria sentido... o filme é sobre morte e separação – ele tinha que morrer. Então, se era isso ou um monte de fumaça que cairia sobre ele, ele iria morrer. Isto é chamado arte, as coisas acontecem por razões artísticas, não por razões físicas”, completou o diretor.
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Atualmente, o diretor está trabalhando com as sequências da franquia de Avatar, que devem estrear nos próximos dois anos, mas, para celebrar os vinte anos de lançamento de “Titanic”, o filme voltará a ser exibido nos cinemas a partir de dezembro, nos Estados Unidos.
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Um filme de sucesso
“Titanic” foi lançado em 1997 e arrecadou US$ 2,18 bilhões ao redor do mundo. O longa também rendeu à equipe 11 Oscars naquele ano, entre eles o de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Canção Original, com a clássica My Heart Will Go On.