O 100º episódio de “The Walking Dead”, que também marcou a estreia da oitava temporada da série foi bem fiel ao que a produção tem sido nos últimos anos: uma confusão. Não ajudou o fato de atores, produtores e diretores bombarem o hype dizendo que os novos episódios seriam “insanos” e “com muita ação e emoção”.
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Com sérios problemas de montagem, “Mercy” foi um dos piores episódios da história da série ao reapresentar alguns de seus principais problemas, como diálogos sofríveis, cenas de ação catatônicas e truques narrativos para tentar fisgar o interesse do espectador no médio prazo, o macete da vez é o Rick velho, aparentemente em paz, que surgiu desajeitadamente durante o episódio em mal elaborados flashforwards. “The Walking Dead” atingiu um grau de melancolia que parece difícil ver algo positivo no programa.
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Após certo esforço e para além de Negan ( Jeffrey Dean Morgan ) que permanece como o sopro de vida em um programa moribundo, há de se elogiar o esforço de roteiristas e produtores de balancear os momentos de introspecção com ação. Mas mesmo aí eles se embananaram. Ao focar na preparação moral e estratégica para o confronto com Negan e não na ação propriamente dita, eles novamente frustram expectativas. Ademais, o bendito plano de Rick jamais fica suficientemente claro. A impressão que fica é que a ideia era confundir mais ao público do que ao líder dos Salvadores.
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A qualidade dos diálogos nunca esteve tão péssima. A novidade do oitavo ano são os problemas técnicos. Mais um sinal de que a série durou mais do que deveria e de que Robert Kirkman, que introjetou mais alguns easter eggs da HQ original, arruinou com o que um dia fora a melhor série da TV. Zumbificada, “The Walking Dead” continua entre nós por todos os motivos errados e os personagens que outrora gostamos, rumam para o mar da indiferença.