Depois das eleições polêmicas em novembro de 2016, o atual presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, está prestes a completar um ano de mandato que, assim como sua ascensão, também não deixou de ser polêmico. Entre declarações controversas e tomada de atitudes que geraram muita discussão ao redor do mundo, o presidente tornou-se um dos personagens ideias para as charges que percorrem os meios de comunicação.
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Desde a sua tomada de posse até à suas propostas políticas para o seu mandato enquanto presidente dos Estados Unidos, diversos chargistas se manifestaram contra Donald Trump , criando um grande acervo de imagens. Confira algumas delas:
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O Grito
A chegada de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos causou muita controversa. O novo governo não foi bem visto por muito estadunidenses, que logo protestaram contra a nova era política no país. O cartunista britânico Peter Brooks foi uma dessas pessoas. Para o “The Times”, o artista fez uma charge que traz um público assistindo à posse do presidente com o rosto em referência ao quadro de Edvard Munch, “O Grito”.
America First
Em junho do seu primeiro ano de mandatado, Donald Trump polemizou ao romper com o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, assinado em 2015 por 195 países. O cartunista Phil Hands não deixou a temática passar batida realizando essa charge que faz referência ao aumento do aquecimento global em detrimento dos interesses nacionais, o “America First”, como o próprio presidente denomina.
Relações internacionais
Em referência aos primeiros cem dias de mandato de Donald Trump, a cartunista australiana Cathy Wilcox, que faz trabalhos para o “The Sydney Morning Herald” e “Fairfax Media” resolveu fazer um apanhado das “conquistas” do presidente durante os seus primeiros meses. No quadro de “100 dias – o que fazer”, Wilcox enumera diversos países, grupos e comunidades que Trump alfinetou. Na caixa de diálogo, o personagem que representa o presidente pergunta a si mesmo “Agora, quem eu ainda não deixei irritado?”.
Relações nacionais
Não foram só grupos internacionais que Trump causou polêmica durante o seu mandato, mas também os próprios estadunidenses se sentiram ofendidos devido a alguns discursos que Trump realizou, como em agosto após conflitos em Charlottesville decorrente de uma manifestação racista. A charge de Gary Markstein traz esse fato à tona. A imagem retrata um homem branco dirigindo um carro que carrega a mensagem atrás “Não fui insultado por Trump... Ainda”.
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Muitos lados
Ainda sobre o polêmico discurso de Donald Trump sobre Charlottesville, o cartunista Daryl Cagle realizou uma charge em que questiona os “muitos lados” que Trump se referiu diante da manifestação que deixou uma mulher morta. “Obrigado pelo seu apoio. Eu condeno você em muitos lados. Muitos lados”, diz a caricatura do presidente. Figuras que representam o demônio, a Ku Kux Klan e Hitler concordam com a figura reafirmando a expressão “muitos lados”.
NFL
Outra polêmica envolvendo Donald Trump foi tema de charges para os artistas dos Estados Unidos. Depois de o presidente cutucar os atletas do NFL por protestar diante do hino nacional, Bill Day do Cagle Cartoons, trouxe à tona a falta de atenção do presidente para o estado de Porto Rico após o furacão tomar conta da região.
Bagunça nacional
O cartunista israelense Michel Kichka também foi um dos artistas que resolveu fazer um apanhado de realizações do presidente Donald Trump durante esse espaço de menos de um ano de mandato. Em sua charge, ele demonstra Donald Trump como um lutador que esmurra a democracia, está abraçado a um míssil, além de brincar de tiro ao alvo com imagens do seu antecessor Barack Obama e de Tio Sam.
Era Nuclear Digital
A era Trump também está sendo marcada por muitas interações sociais – em especial no Twitter. O atual presidente travou diversas discussões com outras celebridades e usou a sua conta na rede social para expressar suas opiniões ou reclamar sobre alguma questão referente ao seu mandato no país. Foi diante desse contexto que o cartunista paquistanês Patrick Chappatte trouxe para o The New York Times uma charge que busca retratar as armas para destruição em massa que o presidente Donald Trump procura utilizar para enfrentar os seus inimigos. De um lado, um botão que indica ataques com bombas nucleares, do outro, um que indica disparo de tweets.
Conexões
Depois do Brexit tomar conta da Europa em 2016, foi a vez de Donald Trump movimentar o continente americano com a proposta de construir um muro entre os Estados Unidos e o México para impedir a migração no país. O cartunista sul-africano Brandan Reyolds, para o Business Day, reconheceu as semelhanças entre o movimento no Reino Unido com o nos Estados Unidos e realizou uma charge em que Boris Johnson, Secretário de Estado para Assuntos Externos e da Commonwealth britânica aparece ao lado do presidente Donald Trump, ambos defendendo seus respectivos movimentos nacionais com um título que indaga se ambos não foram separados na maternidade.
Escolhas
Não só o comportamento do novo presidente, mas também as suas decisões políticas tem sido alvo de diversas críticas. Depois do massacre em Las Vegas que matou 59 pessoas, o presidente não comentou sobre possíveis mudanças na legislação dos Estados Unidos a respeito do porte de armas, mas tocou em outra ferida do país há alguns meses: um corte radical nos tributos de empresas privadas. Nesse sentido, o cartunista Bob Englehart trouxe em uma das suas charges o contexto, ao ilustrar Donald Trump se questionando qual pasta escolher: “corte de taxas para milionários” ou “compreensível legislação de controle de armas”.