Quem já não pensou em deixar tudo para trás e começar do zero? Camila Serigatti, 28, trabalhava com tatuagens até que decidiu que seguiria seu desejo de se expressar artisticamente. Trocando as agulhas pela câmera, há dois anos faz ensaios conceituais que mesclam sua paixão pelas artes e pela fotografia, utilizando técnicas que combinam os dois universos. “Quando comecei a fotografar falei ‘é isso que eu quero fazer para o resto da minha vida’”, revela a fotógrafa em entrevista ao iG .

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Apaixonada por artes desde criança, Camila Serigatti quer elevar seu trabalho e chegar às galerias de arte com ele
Reprodução/Kmiska
Apaixonada por artes desde criança, Camila Serigatti quer elevar seu trabalho e chegar às galerias de arte com ele


Com um sentimento que não é de hoje, a fotógrafa relembrou que desde sempre foi apaixonada por artes e que a cada passo que deu dentro desse campo serviu para chegar mais perto de seu objetivo final – que, segundo ela, acabou sendo “por acaso” por causa de outro trabalho, mas foi onde se descobriu e pôde libertar sua identidade artística. “Quando eu vi o que a fotografia me trazia eu percebi que se parasse agora minha alma morreria”, reitera Camila Serigatti – que atende pelo nome artístico de Kmiska .

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Arte e conceito

Apesar da segurança que sentiu ao descobrir que seu lugar era atrás das câmeras, ela comentou que o processo do aprendizado da técnica não foi fácil. “Foi demorado até conseguir, mas o olhar sempre esteve ali [...] o que me ajudou muito foi estudar artes desde cedo, isso me trouxe referências e um olhar mais sensível”, esclarece. Hoje ela já consegue atingir um resultado satisfatório, mesmo com dificuldades e limitações.

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Reprodução/Kmiska
Camila Serigatti mescla conceito, arte e fotografia em seu trabalho

O orçamento e a estrutura para realizar seus ensaios conceituais, como ela mesma citou, é um problema – e uma solução ao mesmo tempo. Responsável por todas as etapas desse processo, Camila afirmou que isso acaba lhe abrindo para novas ideias, mas a limita em outros aspectos por não conseguir executar determinadas propostas.

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Ainda que admita que o cenário da cultura no país é desfavorável e esse tipo de trabalho artístico não é valorizado, Kmiska disse que não se imagina largando a fotografia no futuro e pretende elevar seus ensaios para um nível mais avançado. Com a ambição de chegar às galerias de arte com fotos que sejam vistas como uma forma de arte, Camila Sirigatti afirma “sempre quero me expandir, sou muito crítica com meu trabalho e sempre quero mais [...] ainda não estou no nível que quero – e sinceramente acho que nunca vou chegar” e finaliza “acho que esse é o monstro de todo artista”.

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