Cannes 2017 encerrou este domingo (28) com a entrega dos prêmios do júri. Entre o surpreendente empate em roteiro, a homenagem a Nicole Kidman e um vencedor que dividiu opiniões, o festival encerra sua 70ª edição sob o comando de Pedro Almodóvar .
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O maior prêmio do festival, a Palma de Ouro , ficou com “ The Square ”, dirigido pelo sueco Ruben Östlund. Embora a escolha não seja incomum, espanta pelo fato do filme ter sido recebido com opiniões mistas. Ainda assim, “The Square” agradou ao retratar um rico curador de museu incapaz de perceber seu próprio privilégio, enquanto é confrontado com a realidade de classes mais baixas. Cannes 2017 ainda premiou Sofia Coppola como melhor diretora. Coppola é a segunda mulher na história do festival a ganhar o prêmio. A primeira foi Yuliya Solntseva há 56 anos.
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Ela ganhou por “ The Beguiled ” suspense com Elle Fanning, Kirsten Dunst, Colin Farrell e Nicole Kidman . A última, inclusive, reinou absoluta. Com quatro produções da croisette, sendo duas em competição, a australiana foi homenageada com um prêmio especial pelos 70 anos do festival.
Outra surpresa veio ao anunciar o melhor roteiro: os jurados não conseguiram escolher uma só produção e duas empataram: “The Killing of a Sacred Deer”, de Yorgos Lanthimos e “You Were Never Really Here”, da escocesa Lynne Ramsay, estrelado por Joaquin Phoenix .
Phoenix ficou chocado ao ser anunciado como vencedor de melhor ator e subiu ao palco com seu smoking e tênis. Diane Kruger , interpretando sua primeira protagonista em sua língua mãe, alemão, ficou com o prêmio de melhor atriz por seu papel em “In the Fade”. No filme, ela interpreta uma mulher que perde o marido e o filho em um atentado. Ao aceitar a honra, Diane o dedicou a todos que, como sua personagem, sobreviveram a um ato de terrorismo e que estão tentando recolher o pedaços e continuar a viver depois de perder tudo. “Saibam que vocês não serão esquecidos”, completou a atriz.
Mais prêmios
O prêmio do júri ficou com “Loveless”, drama russo que examina a sociedade russa moderna por meio da história do desaparecimento de uma criança. O “Grad Prix”, foi para “120 Beats Per Minute”, outro queridinho dos críticos, e o Camera d’Or, oferecido para cineastas iniciantes, foi para a francesa Léonor Serraille e seu “Jeune Femme”.
A Netflix, que foi a França com duas produções em competição e causou controvérsia com Almodóvar por não exibir os filmes no cinema, acabou saindo de mãos vazias.
Mais cedo essa semana, “Gabriel e a Montanha”, filme brasileiro de Felipe Camargo, ganhou dois prêmios em competições paralelas em Cannes. O longa ganhou o prêmio “Visionário” e o troféu “Fondation Gan”.
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