Aconteceu com atraso, mas aconteceu: Maria finalmente foi expulsa do "Big Brother Brasil 22" após atingir Natália na cabeça com um balde. Em comunicado emitido na tarde desta terça-feira (15), a Globo afirmou que “após análise das imagens da dinâmica do jogo da discórdia, de ontem, dia 14, constatou-se uma agressão da participante a Natália e, seguindo as regras, a atriz e cantora foi desclassificada”.
O desfecho do caso não apaga o erro na condução do episódio durante o programa ao vivo . Tanta demora para fazer o óbvio dá margem para nos questionarmos se a suposta análise das imagens se deu porque era o que precisava ser feito ou se tem a ver com a pressão feita por parte do público diretamente com patrocinadores do BBB.
Independentemente das razões da emissora, o fato é que Maria precisava ser expulsa. Isso, no entanto, não apaga a personagem gigante e a mulher extraordinária que ela se mostrou dentro do reality. A atriz e cantora, no alto de seus 21 anos, é um exemplo de maturidade e segurança que serve de espelho para a maioria das pessoas aqui de fora.
Vale lembrar, como já disse em outro texto , que pouca gente tem a coragem de assumir e viver sua liberdade, tanto de opinião quanto de sexualidade, publicamente. Maria ensina que a mulher pode ser o que ela quiser, independentemente do que vão falar ou acusar.
Mas a trajetória da ex-sister também nos mostra que liberdade não é sinônimo de pode tudo; que o corpo alheio não nos pertence e não podemos, de nenhuma forma, atacá-lo.
Maria foi vítima do vale tudo pela audiência , da prova não planejada – vide a mistura de água e microfone –, do amadorismo nas ações em uma tentativa cega de salvar um programa que caminhava/caminha para o abismo.
Estimular o ódio só é capaz de gerar um único produto: o ódio. Maria não merece ser resumida a isso. Ela é muito mais: uma artista cheia de talento e potencial, uma personalidade com muito a dizer. Que a vida fora da casa seja mais acolhedora e repleta de bons estímulos.
Seguimos... É que o nos resta.