Lima Barreto foi um dos principais autores nacionais da fase pré-modernista, com um alto nacionalismo crítico em seus textos, em que os problemas sociais e as questões políticas eram expostas.
Descendente de escravos, Barreto era de origem humilde, e ficou órfão de mãe aos 6 anos e seu pai sofria de doença mental. Em seus livros podemos também encontrar o preconceito que ele sofria devido a sua origem.
Apadrinhado pelo Visconde de Ouro Preto, o escritor teve oportunidade de uma boa educação e prestou concurso para a Diretoria do Expediente da Secretaria de Guerra, onde conciliava com a escrita de seus textos.
“Vida e Morte de M J Gonzaga de Sá” (editora Edipro), publicado originalmente em
1919, é considerado pela crítica o livro mais bem escrito por Lima Barreto, e trabalha principalmente o conflito interior.
A narrativa se desenrola por meio dos olhos de Augusto Machado, que relata a biografia do amigo Gonzaga de Sá, cuja morte é revelada logo no início. O texto faz uma alternância entre lembranças e suas próprias reflexões.
O romancista oferece um retrato vívido da aristocracia carioca da época e,
simultaneamente, expõe a dura realidade enfrentada pelas classes populares e escancara as profundas desigualdades sociais existentes.
O livro é leitura obrigatória de vários vestibulares e essa edição conta com texto integral e notas explicativas para termos não usuais.
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