A plataforma de streaming Spotify disse ao site Music Business Worldwide que tem investido "pesadamente" contra conteúdos musicais gerados por IA que violam os direitos autorais de artistas e compositores .
Atualmente o Spotify representa cerca de metade de todos os streams de música gerados na indústria digital, mas apenas 0,6% do dinheiro supostamente fraudado em um recente caso de violação dos direitos cometido por um homem identificado como Michael Smith , veio da plataforma de streaming.
“O Spotify investe pesadamente em análises automatizadas e manuais para prevenir, detectar e mitigar o impacto do streaming artificial em nossa plataforma”, iniciou um porta-voz do Spotify ao Music Business Worldwid e.
E continuou: “Neste caso, parece que nossas medidas preventivas funcionaram e limitaram os royalties que (Michael)Smith conseguiu gerar do Spotify a aproximadamente US$ 60 mil dos US$ 10 milhões indicados na acusação. Como o Spotify normalmente representa cerca de 50% do streamshare, isso mostra o quão eficazes somos em limitar o impacto do streaming artificial em nossa plataforma".
Michael Smith foi acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de três crimes relacionados a um "esquema para criar centenas de milhares de músicas com Inteligência Artificial (IA) e usar programas automatizados chamados "bots" - ou robôs - para gerar músicas bilhões de vezes".
Além disso, o Ministério Público dos EUA alegou que Michael Smith "obteve fraudulentamente mais de US$ 10 milhões em pagamentos de royalties por meio de seu esquema" entre os anos de 2017 e 2024.
Com isso, ficou claro que o Spotify está desenvolvendo ferramentas para detectar essas fraudes no streaming. E isso já iniciou em 2023, quando a plataforma chegou a bloquear certas faixas desenvolvidas com Inteligência Artificial . Foi o caso da plataforma Boomy, que chegou a gerar mais de 20 milhões de músicas.
O MBW também relatou que o Spotify criou uma aliança com outras empresas que trabalham com streaming como Amazon Music, SoundCloud, Believe, Empire , DistroKid e UnitedMasters para formar a Music Fights Fraud no que é vista como uma "aliança sem precedentes, que visa erradicar a fraude de streaming".