Em despedida, Skank terá sua última exibição na TV neste sábado
Foto: Weber Pádua
Em despedida, Skank terá sua última exibição na TV neste sábado


E o Skank está próximo de sua despedida dos palcos .

Mas antes disso, a banda mineira que iniciou um genuíno movimento musical nos anos 1990, influenciados pelo lendário Clube da Esquina e que mostrou que o ska poderia ser mais pop com elegância, vai se despedir da TV.


E será neste sábado (25) no programa Altas Horas , apresentado por Serginho Groisman , que nunca escondeu seu apreço pelo Skank e que apresentou o grupo, também em um palco de televisão, pela primeira vez em 1992.

Além da performance da banda formada por Samuel Rosa, Henrique Portugal, Lelo Zaneti e Haroldo Ferretti que terá em seu repertório grandes sucessos como Garota Nacional, Vamos Fugir e Saideira , várias homenagens estão reservadas por outros artistas como Jão, Lô Borges, Vitor Kley, Anavitória, João Gomes, Letícia Sabatella,
Marcelo Gonçalves, Paula Fernandes e Zélia Duncan .

“Skank é uma das alegrias que a nossa geração produziu. Lembro que quando sugiram foi uma alegria, uma explosão. E eles têm uma linguagem, tudo o que um artista precisa, que é ser singular” , recorda Zélia Duncan .

Como o colunista aqui sempre defende que uma obra deve ser perpetuada pelas futuras gerações, novos nomes como Jão e Vitor Kley manifestaram seu apreço pelo Skank , reconhecendo a obra do grupo como uma referência musical
para eles.

“Pra mim o Skank é o dono do melhor show do Brasil. Desculpem todos os outros, mas é o melhor porque foi o melhor da minha vida. Foi o primeiro show que fui na vida, aos 14 anos” , disse Jão .

Vitor Kley diz que ele é o que é hoje "porque o Skank me formou esse artista".

Há muito o que se dizer pela obra deixada pelo Skank , ao longo de suas três décadas. Sua contribuição para a música popular brasileira jamais passará incólume pela história.

Na mente do colunista que aqui escreve, aparecem registros inesquecíveis de grandes álbuns lançados por eles. Tenho meus preferidos: Calango, O Samba Poconé, Velocia e Cosmotron os quais considero discografia básica - aquela que você tem que ter em sua estante no seu formato preferido.

Na minha playlist , Eu Disse A Ela, Balada do Amor Inabalável, Canção Noturna, Ali, As Noites, Formato Mínimo, Alexia e Galápagos nasceram com aspiração a serem singles de sucesso, muito além do conceito de Lado B .

A releitura de É Proibido Fumar , além de Te Ver, Pacato Cidadão, É Uma Partida de Futebol, Garota Nacional, Amores Imperfeitos, Dois Rios, Vou Deixar, Resposta, Ainda Gosto Dela e Sutilmente , em termos de sucesso, já falam por si. Estão na boca do povo e receberão o selo de eternos clássicos nas próximas décadas.

Já cobri diversos shows do Skank em São Paulo , além de um concerto inesquecível em Recife (PE), quando a banda retornou à icônica capital pernambuca após alguns anos sem se apresentar por lá.

E devo confessar que eles ajudaram na minha carreira, ao divulgar uma matéria que escrevi, depois de assistir a um  show deles no antigo Palace , em São Paulo . E outras vieram.

"Vejam como foi nosso show em São Paulo" , escreveu o Skank , sem seu perfil oficial no Twitter , compartilhando meu relato.

Ganhei uma palheta do Henrique Portugal em 2010, que também me entregou o setlist da banda em Recife , seis anos depois, para escrever mais uma matéria sobre a performance deles.

Agora, cada um dos integrantes vai mergulhar em seus trabalhos solo e continuar sua jornada.

Mas eles voltam. Em outro momento. Sem pressa.

E a música do Skank continuará tocando e ecoando no coração dos fãs.

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