Marcelo Bandeira
Exclusivo

Diego Montez fala ao iG sobre carreira, pais famosos e novos projetos

"Minha mãe sempre foi uma grande apoiadora, por isso quero lhe proporcionar aquele orgulho de que ela investiu na coisa certa", afirmou a respeito de Sônia Lima

Foto: Júlia Assis
Diego Montez


Com 33 anos e 25 de profissão, Diego Montez só tem motivos para festejar. Depois de gravar uma participação em "Vai na Fé" revivendo o fashionista William de "Bom Sucesso", o filho de Sônia Lima e Wagner Montes deixou no ar a possibilidade de regressar à trama de Rosane Svartman — assim como aconteceu com Helô (Giovanna Antonelli) e Stenio (Alexandre Nero), de "Salve Jorge", que estão embalando os capítulos de "Travessia", de Gloria Perez.

Ao ser questionado sobre o tão comentado retorno, respondeu: "O William é um divisor de águas na minha trajetória. A validação da Rosane em tê-lo escrito novamente em outra obra é algo tão significante, amoroso e recompensador que jamais esperei. Me divirto demais com o personagem e fico feliz por ser reconhecido, sabe? Eu acho que podemos esperar coisas boas, sim".

Foto: Júlia Assis
Diego Montez


Em um bate-papo exclusivo com o site, Montez adiantou que 2023 será bem movimentado. Atualmente, o paulistano está na série "No Mundo de Luna", da HBOMax, e na versão brasileira de "Mamma Mia!". Mas, em breve, será visto nos cinemas como protagonista do thriller de terror "A Herança", da Sony Pictures, e dos longas "Perdida", da Disney, e de "Sequestro do Voo 375", do diretor Marcus Baldini, o mesmo de "Bruna Surfistinha".

Soma-se a isso a segunda temporada da biografia não autorizada "O Rei da TV", do Star+, que retrata com licença poética a história de Silvio Santos. No audiovisual, Montez dá vida a seu pai, que morreu aos 64 anos, em janeiro de 2019, devido a um choque séptico e sepse abdominal. "Esse tem sido um ano de muitas realizações", declarou.

Foto: Júlia Assis
Diego Montez


Para quem não se lembra, Diego estreou na televisão aos oito anos, e uma de suas primeiras atuações foi na versão brasileira de "Rebelde", na RecordTV. No entanto, ganhou bastante projeção como o vilão da novela infantojuvenil "Cúmplices de Um Resgate", do SBT. Na emissora paulista, também esteve no reality show "Bake Off Celebridades", sagrando-se vice-campeão.

Já no teatro, viveu Sidney Magal e Ney Matogrosso em "Chacrinha — O Musical" e "Cazuza — O Musical". Fez parte, inclusive, do elenco de "Wicked", "Cinderella da Broadway", "Heathers", "A Noviça Rebelde" e "Rent" — este último lhe rendeu a indicação ao prêmio "reverência" como melhor ator coadjuvante pelo papel da drag-queen Angel. Confira os melhores momentos na íntegra!


Foto: Júlia Assis
Diego Montez


1. Celebrando mais de duas décadas de estrada, que avaliação faz de seus passos?

Acredito que tudo que conquistei foi fruto de inspiração aliada à dedicação ao meu ofício. Minha mãe me nutria de muita arte, e sempre fui interessado no assunto. Gosto de dizer que, em tudo que faço, me entrego plenamente e levo um pouco de cada um deles comigo. Hoje acho que já fiz boa parte das coisas com as quais sonhei em fazer.

2. Como espera estar daqui a 25 anos?
Agora é partir para novos sonhos: dublagem, meus livros, dirigir e construir uma família.

Foto: Júlia Assis
Diego Montez


3. Você acabou de voltar à TV em "Vai na Fé", está em cartaz com "Mamma Mia!", rodou vários filmes, vai estrear seriado no streaming. Como analisa esse período em que se encontra em todas as frentes?

Como idealizei: plural. Para mim, só faz sentido assim: onde vejo que posso comunicar algo relevante, estou dentro!

4. "Mamma Mia!" já foi montada em diversos países e tem uma boa repercussão no cinema. Como se sente por fazer parte dela?

Estou me sentindo em casa. O diretor Charles Möeller é minha grande inspiração, meu mestre. A peça é produzida pela "Aventura", que foi a primeira produtora a me dar uma oportunidade. Logo, não poderia estar mais contente com uma produção tão para cima, com músicas que todos amam cantar junto! Tenho certeza de que minha mãe vai adorar (risos).

Foto: Júlia Assis
Diego Montez


5. Depois de dois anos de pandemia, o público está retornando ao teatro. Fale sobre o contato com a plateia e como tem sido essa retomada.

Estávamos todos ávidos por esse instante, né? Essa troca calorosa. Acho que os palcos trabalham nesse local em que nenhum outro veículo opera, e isso é lindo. Tem sido catártico poder voltar a eles.

6. Diego, impossível falar com você e não citar seus familiares. Sente algum tipo de exigência de quem acompanhou seus pais na TV? Como lida com tal fato por ter esse DNA?

Entendo que a cobrança que sinto é como a de qualquer filho perante seus genitores. Minha mãe sempre foi uma grande apoiadora, por isso quero lhe proporcionar aquele orgulho de que ela investiu na coisa certa (risos)! Mas não, nenhuma pressão excedente a essa. Eu me sinto honrado por fazer parte dessa família.

Foto: Júlia Assis
Diego Montez


7. O que Diego Montez ainda não realizou profissionalmente e que não vê a hora de fazê-lo?

Definitivamente almejo explorar meu lado criativo e buscar maneiras de imprimir minhas ideias e pensamentos no mundo. Então, ainda quero começar a estudar melhor direção.