Daniel Adjuto, que integrou a equipe de jornalismo do SBT e da CNN Brasil, usou o Twitter para repercutir um dos trechos da entrevista exclusiva do papa Francisco à agência de notícias Associated Press, publicada nesta quarta (25). "Homossexualidade não é crime, mas é pecado", frisou o pontífice argentino, ressaltando que "também é pecado não ter caridade uns com os outros", cuja linha doutrinária vem do catolicismo.

"Ele colocou uma pergunta como se fosse de outra pessoa no meio da resposta, e, considerando as expressões em espanhol (si, bueno), há margem para tradução dúbia. 'Ah, tá passando pano.' Não, a igreja considera pecado, sim. Mas esse não foi o foco da fala de Francisco, e sim a necessidade defendida de países descriminalizarem a homossexualidade, o que é importante", observou o ex-âncora do "Live CNN".

Com base nessa visão, Adjuto, que é católico e já revelou não mais se importar com o que pensam sobre a sua orientação sexual, acrescentou: "A quem interessa o tema, sugiro sempre dar uma olhada no todo antes dos recortes que são feitos, ainda mais quando traduzidos. Outra dica é consultar o padre jesuíta James Martin, que tem a missão — dada por Francisco — de fazer a igreja ouvir mais a pauta LGBTQIA+".

Tudo isso intensificou um debate e rendeu frases como: "Você está acobertando, caiu no meu conceito" e "infelizmente, as pessoas encerram suas conclusões em grandes manchetes de sites e não se aprofundam". Por fim, ao ler "Dan, eles nunca vão reconhecer a existência da gente", o brasiliense não se fez de rogado. E, com a esperança de ver todos serem acolhidos sem ressalvas no seio da instituição, lembrou que passos estão sendo dados, apesar de serem lentos.