O Allianz Parque, que fica na zona oeste da capital paulista, serviu de cenário para a superturnê "An Evening with Michael Bublé", do cantor e compositor romântico, que foi interrompida por causa da pandemia e é baseada em canções do disco "Love", de 2018, e de "Higher", lançado neste ano.
Suas músicas se tornaram conhecidas aqui por embalar as novelas "Celebridade", "América", "Kubanacan", "Paraíso Tropical", "A Regra do Jogo", "A Força do Querer", "Ti-Ti-Ti", "Três Irmãs", "Da Cor do Pecado" e a recém-lançada "Travessia", todas da Globo.
O canadense de 47 anos,
que tem repertório de crooner
de big band, mas se define como um artista pop influenciado por Michael Jackson e Frank Sinatra, não escondeu a emoção ao ver seus sucessos — entre eles, "Feeling Good", "Everything", "You'll Never Find Another Love like Mine", "Home", "Fever" e "Haven't Met You Yet" — entoados a plenos pulmões pelo público com direito a celulares acesos em toda a arena na noite do último domingo (5).
Em quase duas horas de apresentação, Bublé, que vendeu mais de 75 milhões de álbuns ao longo de sua carreira,
interagiu com a plateia, puxou coro de "olê, olê, olê" (que, apesar de não ter conotação política, acabou fazendo a alegria dos eleitores de Lula presentes no local), se surpreendeu com o vozeirão de uma fã, se enrolou em uma bandeira do Brasil e prometeu nunca mais demorar tanto tempo para voltar ao país.
Para quem não sabe, Michael Bublé relatou em 2016, durante uma entrevista para o programa australiano "Today Show", o sofrimento que ele e a esposa, a atriz argentina Luisana Lopilato, passaram quando souberam do diagnóstico de câncer do filho mais velho, Noah, quando este tinha apenas três anos. "Achei que nunca voltaria a cantar. Parecia sem importância, comparado ao que estava passando", desabafou na época.
Depois do período turbulento, o showman
só quer saber de celebrar, mostrar toda a amplitude de seu talento, manter-se fiel a ídolos, influências e, mais importante, dar tudo de si para oferecer sempre o melhor. Tanto que brincou dizendo, em um dos momentos do concerto, algo como: "Aposto que, quando eu sair deste palco, ninguém vai pensar que pagou caro demais por esses ingressos". Não mesmo, Bublé. Não mesmo!