Apesar de ter participado de "Impuros", no Globoplay, e de "Rock Story" e "Malhação: Pro Dia Nascer Feliz", na Globo, Rafael Coimbra, que é formado pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio — mesmo centro de treinamento artístico em que Paulo Gustavo, Cacau Protásio e André Bankoff, entre outros famosos, estudaram —, revelou que "Gênesis" é a sua primeira grande oportunidade nos folhetins. Na adaptação de Camilo Pellegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro, ele dá vida a Tito, comerciante morador de Sodoma, descrito como malandro e ganancioso.
Do tipo que respira arte de diferentes maneiras, ele também já teve passagem pelos espetáculos teatrais "Natal", de Gabriel Contente, sob a direção de Rose Abdallah, e "Pressa", de Otávio Martins, dirigido por João Fonseca. Quanto à sétima arte, fez parte dos curtas-metragens "Até Que Nossas Mãos Conversem", de Matheus Benites, "Entre Velas", da Academia Internacional de Cinema, e "All-In, Tudo ou Nada", de Guilherme Azevedo. Mas não acabou, não. O carioca de 27 anos, que, em breve, será visto no seriado "De Volta aos 15", na Netflix, escreveu um projeto retratando o período pandêmico. Confira aqui!
1. Depois de algumas participações, você ganhou papel em "Gênesis". Considera esse trabalho um divisor de águas? Como foi fazê-lo?
Com certeza! Ele abriu muitas portas na carreira, e o Tito foi realmente um presente.
2. Você é um ator com trajetória nos palcos. O que levou deles para o set e o que pretende levar da TV para eles?
Os aquecimentos de corpo e voz que fazia no teatro me ajudam muito no set, me acalmam e me deixam concentrado. Acho que o que levo é a disponibilidade! Na televisão, temos que estar sempre disponíveis para a mudança.
3. Você usou o período de isolamento social para escrever um seriado, que está sendo negociado com uma plataforma, certo? Como aconteceu esse processo de criação e o que podemos esperar dele?
Resolvi botar no papel a ideia que tive para uma série, me juntei a mais três amigos, uma diretora e dois roteiristas, e aí colocamos o projeto em pé. Em seguida, com a cara e a coragem, mandei para as produtoras que admirava. Uma delas aceitou, e assinamos um contrato. Está andando bem rápido, e espero ter mais notícias em breve, mas não posso dizer muito mais! (risos)
4. Além de escrever essa série, o que mais tem feito desde o início da pandemia?
Logo no começo, resolvi montar um curso on-line, que se chama Oficina de Leitura Dramatizada, com o objetivo de praticar e não ficar parado. Essa iniciativa mantenho até hoje, já fiz três turmas e adoro passar o conhecimento adiante.
5. Também pensa em ser roteirista?
Tenho uma vontade enorme de dirigir, pois sempre fui um ator que gosta de pensar na cena como um todo, sugerir coisas. Então, talvez seja esse meu próximo passo, logicamente, sempre atuando.
6. Quem e o que inspira você?
O que me inspira é o artista que sinto respirar arte, como Cazuza, Al Pacino, Eddie Vedder, líder e vocalista do Pearl Jam, e Leonardo DiCaprio, só para citar alguns.
7. Atualmente, você está no set gravando "De Volta aos 15", da Netflix, voltada ao público teen. Como é sua relação com os fãs?
Confesso que não esperava uma reação tão rápida deles. A série ainda nem estreou, e já tenho fã-clube, crianças do Brasil todo seguindo. É ainda estranho para mim.
8. Atuar num projeto de streaming possibilita ser reconhecido mundialmente. Há planos de uma carreira internacional?
Sempre tive o sonho de trabalhar fora. Falo inglês e espanhol, que me abrem possibilidades. Vamos ver!
9. "De Volta aos 15" e "Gênesis" têm algo em comum: são obras dramatúrgicas baseadas nas literárias. Você chegou a lê-las ou compôs seus personagens mais livremente?
Para a novela, tivemos uma preparação muito maneira, por meio da qual lemos diversos textos relacionados ao momento que viveríamos, Sodoma e Gomorra. Para a série, eu tinha já tinha lido o livro da Bruna Vieira. Acho uma obra-prima! Foi um presente estar no elenco.
10. Com tanto trabalho em meio à pandemia, já tem algo novo em vista?
Terminando minhas gravações na Netflix, vou focar o projeto da minha série e, é claro, estou aberto para outras oportunidades.