Ainda menina, no comando do "Parquinho – Um Show de Criança", Eliemary Silva da Silveira, a Mara Maravilha, passava a maior parte do tempo mostrando tudo aquilo o que tinha para oferecer: a arte. Mas foi em 1987, que ela se tornou uma das estrelas mais famosas do Brasil, quando estreou o "Show Maravilha", no SBT . Depois de costurar brilhante trajetória no teatro, na música e, principalmente, na televisão, a artista segue, em ritmo firme e forte.
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A seguir, os principais pontos da entrevista que Mara Maravilha , que tem feito participações esporádicas no "Jogo dos Pontinhos", do "Programa Silvio Santos", também do SBT , concedeu com exclusividade ao iG Gente . Nas 15 perguntas da Coluna Marcelo Bandeira , a baiana fala sobre sua relação com a carreira, redes sociais, família e, claro, a questão que não aguenta mais responder em suas aparições na TV. Vem com a gente?
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1. Quando começou a trabalhar, já imaginava que ia fazer tanto sucesso?
Vejo o sucesso como consequência de tudo o que vivemos e aprendemos ao longo do caminho, como dom, talento e vocação. Então, modestamente digo "não faço sucesso, sou sucesso". É igual amizade: "você é amigo e não está amigo".
2. Alguma crítica, notícia ou meme já mexeu de verdade contigo? Botou você pra baixo?
Infelizmente, sim! Não suporto mentira, inveja, falsidade e não há dinheiro no mundo que me faça conviver em paz com essa inversão de valores. Sei que algumas pessoas não gostam de mim e isso é problema delas. Até porque cada um dá o que tem, mas no final saio renovada, mais forte e entendendo melhor nossa passagem por aqui!
3. Qual pergunta não aguenta mais responder em entrevistas e aparições na TV? Por acaso é aquela de que teria feito macumba para Angélica?
Sim, essa é uma delas! Mas isso nunca existiu, nunca fui adepta e tampouco simpatizante, porém, respeito! Foi uma mentira, fake news, mas ganhei na Justiça e estou em paz. Não tenho nada contra Angélica, aliás, nunca tive, mas tem gente que vive fantasiando. Fazer o quê?
4. Você gosta dessa forma virtual de se comunicar?
A tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana, mas é viciante, tenho de me policiar, porque rouba nosso tempo! Confesso que ainda estou me adaptando, mas vou pegar o ritmo, o ponto exato.
5. Entre sucesso de público e de crítica, qual é preferível?
A do público. Para eles é preciso dar atenção até viver uma constante conquista. E tenho vivido isso! Tenho feito a minha história e me orgulho muito dela, muito mesmo.
6. Se pudesse voltar e fazer diferente uma única coisa da sua vida, o que seria?
Não teria sido tão obcecada pela balança, não teria feito tanta dieta louca e não teria recorrido a inibidores de apetite no início da carreira para ajudar a controlar o peso. Hoje estou desencanada "dessas neuras" levando uma vida saudável! Não curto bebida alcoólica e também não faço parte dessa turma que idolatra os heróis que morreram de overdose. Sou careta para esse mundo!
7. Você pensa sobre equilibrar trabalho e vida pessoal ou isso acontece naturalmente? Ou não tem equilíbrio?
A minha família materna, com quem convivi na infância e um pouco na adolescência, está toda na Bahia: meu padrasto, minha avó, minhas tias... Amo e oro sempre por eles! Só para você ter ideia: tenho mais de 30 primos e a nossa diferença de idade é de 15 anos, fui sobrinha e neta única por um bom tempo, fui muito mimada.
Você viu?
Sei que eles me amam mesmo com a distância e isso é o que importa. Hoje vivo com o meu noivinho (Gabriel Torres é músico e 22 anos mais novo que Mara) que estou amando muito e vida que segue sempre com Deus!
8. Tem algo sobre você que o público não tem ideia?
Não minto para o meu público, mas tenho muitas particularidades, que, aliás, não interessam a ninguém. São aqueles assuntos mais reservados, sabe? Todo mundo tem, né?
9. Qual foi a pior situação que viveu na roda gigante do entretenimento?
Ah, com certeza vinda de uma fake news, que, venhamos e convenhamos, sempre existiu!
10. Sobre o episódio do assédio envolvendo o José Mayer, que fez muitas atrizes se mobilizarem. Foi algo que te incomodou também, como mulher e artista?
Como mulher não permito o assédio, mas José Mayer admitiu as atitudes desrespeitosas em carta aberta enviada à imprensa, já pagou, está pagando pelos erros que cometeu.
11. Ter sido escolhida pela própria Patrícia Abravanel para ser uma de suas substitutas durante a nova licença-maternidade foi motivo de alegria?
Sou grata a Patrícia pela indicação e, principalmente, pelo respeito e amor que sempre recebi da família toda. Como diz a Bíblia: "esse povo é o meu povo". Sempre brinco dizendo que vejo o Silvio "estampado" na esposa e nas filhas. Seja pelos traços físicos, trejeitos ou vibe... Fico assistindo ao "Roda a Roda Jequiti", com a Rebeca (Abravanel), e enxergo o Sílvio todinho.
12. Por falar nisso, como foi voltar para televisão e na emissora que a fez famosa?
Eu queria muito voltar, voltei! E nesses anos em que fiquei afastada sempre fui convidada para os programas de Eliana, Celso Portiolli, Danilo Gentilli e até do próprio Silvio. Te garanto que a maioria gosta de mim ou no mínimo me respeita, mas a minoria existe e nem lembro. Fui clara? (questionou, fazendo alusão ao bordão da animadora de palco Juju Bonita, do "Superpop", da RedeTV!).
13. Xuxa desabafou em recente entrevista que "as pessoas não estão deixando ela envelhecer". Você também sente essa pressão para ser o mesmo ícone que era durante os anos 1980?
Estou vivendo um tempo que tenho tempo para me cuidar (risos). Tô chique, bem! (pausa para mais uma gargalhada). Cada um vive a sua vida, as suas escolhas, entendo perfeitamente a Xuxa e respeito as suas prioridades, porque realmente a beleza principal é a interior, a espiritual. E isso eu sempre soube.
14. Qual é a sua visão desses novos tempos do País, que vive clara divisão, marcada pela intolerância?
O amor e o respeito são as palavras-chave. Mais do que isso. Sabe a expressão "tudo o que você faz um dia volta pra você"? Ela é real e é por isso que busco sempre a Deus.
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15. Por já ter lançado mais de 30 álbuns, imagino que tenha lidado com críticas ruins, pelo simples fato de ser impossível agradar a todos sempre. Lida bem com opiniões negativas?
Sinceramente cheguei aonde cheguei porque valorizo as minhas vitórias. Já as críticas construtivas serão bem-vindas sempre, mas para as venenosas tenho as minhas vacinas, ok, baby? Antes de terminar quero dizer que amei a entrevista, muito obrigada, Marcelo! Para os leitores do IG deixo meu amor, minha fé e meu respeito. Fiquem com Deus!