Evolução do funk em 2022, expectativas para 2023
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Evolução do funk em 2022, expectativas para 2023

Salve rapaziada, a coluna de hoje está em clima de recomeço! Passaram as festas de final de ano, já estão recuperados da rabanada? O arroz foi com ou sem passas? Fizeram as metas de 2023? Agora é hora de botar em prática, pelo menos começar… E digo mais, estou com o feeling de que esse ano vai ser NOSSO! Nessa época sempre fico nostálgico com tudo o que passou e esperançoso com os projetos que estão por vir, aposto que você também.

E como meus projetos envolvem o funk, nada mais justo do que celebrar tudo o que o movimento conquistou até aqui. Durante 2022, vi o gênero crescer e ser aclamado não só no Brasil como lá fora, tá? Tivemos funk no Grammy Latino, no Rock in Rio, na Copa…Teve funk até nas polêmicas eleições deste ano. Muitos projetos de leis e PECS envolvendo o funk como forma de manifestação cultural entraram em pauta, como exemplo a proposta de criação do Dia Nacional do Funk.


Fico muito feliz em ver o amadurecimento do funk. Muito disso graças à internet, que democratizou o espaço e levou o ritmo para lugares nunca antes explorados e em tempo real. E o Tiktok está dentro desse papo, já que a maior parte das trends surgem de lá. As famosas dancinhas né galera, eu mesmo já viralizei por la, o pai ta ON. O que dizer dos Hawaianos, um clássico que se renovou, junto com Biel do Furduncionho e L7nnon, que tiveram uma das músicas mais executadas do ano. Um funk para todos, desde os mais novos aos mais velhos dançando, desde a playboyzada à favela cantando, o puro creme do errejota, a essência do funk.


Cada vez mais, a música urbana vem se tornando a maior fatia do bolo, dominamos as principais plataformas de streaming. Já dizia o velho sábio: os números não mentem e vou provar para vocês. A Deezer lançou esse mês o ranking da plataforma e o funk aparece no top 5 Gêneros Mais Populares. No Spotify o funk também ficou em alta como gênero mais consumido pelo brasileiro, perdendo só pro sertanejo. Temos um marco na história aqui: um dos maiores tubarões do movimento, Ryan SP, acabou de atingir 15 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Não paramos por aí, falando da DJzada, puxando sardinha pro meu lado, temos o DJ LK da Escócia, que já passou dos 9 milhões de ouvintes mensais!

Falei da “teoria” né? (aquilo que você ouve ou vê em casa), agora vamos para a “prática” (o pistão): O funk deu o que falar nos maiores festivais de música esse ano, com grande influência em apresentações de artistas gringos inclusive. Consigo enxergar a valorização do movimento, que é brasileiro, mas que a cada ano vem ganhando espaço mundial. Anitta, por exemplo, levou um paredão de funk pro Coachella e foi ovacionada pelo público. Os gringos piraram. Aqui no Brasil tivemos o primeiro show de funk da história do Lollapalooza. Quem iria imaginar que o festival conhecido pelas apresentações de indie, rock e pop convidaria artistas como o funkeiro Kevin O Chris?

Já no Rock in Rio, Marshmello, Camila Cabello e Jason Derulo botaram o pancadão para tocar no Palco Mundo. Quem não se arrepiou quando Camilla chamou o L7NNON, a Bianca e o Biel do Furduncinho para cantar “Ai Preto” com ela? Brabo demais. Ludmilla também arrasou como atração principal do Palco Sunset, sendo uma das atrações mais comentadas e ovacionadas da noite. E pela primeira vez tivemos um palco dedicado só pro trap e pro funk: O PALCO FAVELA, que trouxe Buchecha, Azzy, MC Hariel, MC TH, Lexa, entre outros.


Na gringa, tivemos artistas do funk fazendo história no Grammy Latino como Anitta e Ludmilla indicadas para duas categorias. Lud ganhou a categoria “Melhor álbum de samba e pagode” com "Numanice #2". Anitta também não ficou para trás: não levou o prêmio, mas marcou com a mega apresentação de um medley de hits funk. Aliás, esse mês ela foi indicada ao Grammy 2023, como melhor artista revelação, nos representa muito!

Eu poderia continuar citando todos os feitos do nosso movimento porque foram muitos e já vou avisando que não vamos parar por aqui. Sinto que apesar do preconceito, estamos conseguindo furar a bolha e alcançar o mundo inteiro, sem exagero. E a expectativa pra 2023 é romper ainda mais barreiras, vencer cada vez mais o preconceito e levar a nossa cultura para o mundo todo.

Estou ficando por aqui, até a próxima! bjs do JonJon ou Jonathan da Nova geração ou Jonathan Costa! Amo vcs

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