O ator relembrou os problemas que enfrentou durante as gravações da novela
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O ator relembrou os problemas que enfrentou durante as gravações da novela

Em 2003, Marcos Pasquim ganhou destaque com a novela Kubanacan ao dar vida às três identidades do personagem Esteban, Leon e Adriano. Mais de 20 anos depois, o ator revelou que teve crise de pânico durante as gravações da trama da Globo: "Foi excesso de trabalho".

Em entrevista ao Sem Censura, da TV Brasil, o artista comentou sobre os momentos difíceis vividos nos bastidores da emissora. "Eu fiz Kubanacan inteira com síndrome do pânico", explicou. "Como você conseguiu?", questionou a apresentadora Cissa Guimarães.

"Na metade de O Quinto dos Infernos (2002) eu tive pânico (...) Aí eu tomei uns negocinho (...) Me tratei. Fiquei quatro anos tomando remédio, depois eu fui desmamando dos remédios e hoje em dia eu não tomo mais nada (...) Na época, foi excesso de trabalho. Eu trabalhava demais, era muita coisa", acrescentou.


A apresentadora ainda perguntou se a exposição na época contribuiu para os problemas em sua saúde mental. "Ah, sim, junta tudo. Foi um período de muito trabalho e estresse (...) A primeira coisa que a fama faz é acabar com a liberdade (...) Mas agora já tá tudo sob controle. A idade traz isso, eu já sei lidar melhor com o tempo. Você sabe dizer não", concluiu. "Eu tô praticando meu ócio criativo", brincou. "Sim, é necessário, quanto mais para nós artistas", acrescentou Cissa Guimarães.

Com a rotina excessiva, Marcos Pasquim solicitou mudanças em Kabanacan para conseguir descansar: "Eu não tinha vida. Eu comia e respirava a novela. Fazia vários personagens. Contracenei com quase todo o elenco da Globo e estava sempre fugindo da polícia, fazendo cenas de ação". O ator contou mais detalhes em entrevista a Patrícia Kogut quando a trama entrou no catálogo do Globoplay.

"Lembro que, com três meses de gravação, eu estava exausto e pedi para o autor me dar um alívio. Quem sabe dar um tiro no personagem e deixá-lo em coma. Foi o que aconteceu: o Esteban foi baleado e entrou em coma (...) "Só que, a partir daí, ele começou a duelar mentalmente com o lado sombrio dele, o Dark Esteban. Então, foram gravações intermináveis num ringue de boxe em que eu lutava comigo mesmo. Ali eu aprendi que devemos tomar muito cuidado ao pedir alguma coisa para o autor da novela", apontou.

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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