Thiago Pavinatto apresenta o Linha de Frente na Jovem Pan News
Reprodução/Jovem Pan
Thiago Pavinatto apresenta o Linha de Frente na Jovem Pan News


Se nos últimos anos a Jovem Pan figurava como uma das principais plataformas beneficiadas pelas verbas de publicidade do governo federal, graças ao apoio irrestrito e explícito a Jair Bolsonaro, agora, sob a gestão de Lula, o jogo virou e, como os apresentadores do canal gostavam de bradar, "a mamata acabou". Pelo menos é o que mostram os relatórios iniciais divulgados pela Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República.


Os dados se referem ao primeiro semestre de 2023, mas que ainda não reproduzem o total do investimento no período, já que o portal de planejamento de mídia do governo federal não expõe os gastos com publicidades de bancos públicos e de empresas estatais, como o caso da Petrobrás.

Se a Jovem Pan está desaplaudida pelo governo de Lula, quem voltou a sorrir foi a Globo, que entrou em declínio durante a gestão de Bolsonaro. De acordo com a reportagem da Folha de S.Paulo, a líder de audiência faturou 57% das verbas de publicidade somente no primeiro semestre deste ano, acumulando um faturamento de ao menos R$ 54,4 milhões.

Durante os 4 anos do governo de Bolsonaro, a Jovem Pan figurou entre as 15 plataformas de mídia mais beneficiadas por verbas públicas, ficando em 12º lugar no ranking, recolhendo 2% de todo o investimento. E neste primeiro semestre de 2023, não ganhou um centavo sequer do governo federal.

A Record, que também foi uma forte apoiadora do ex-presidente inelegível, também deu um salto em seu faturamento, liderando a lista, responsável por receber 22% de todos os recursos, o que representa, aproximadamente, R$ 200 milhões. No cenário atual, aemissora de Edir Macedo ficou com apenas 13%.

É importante ressaltar que o portal R7, que pertence à Record, faturou em torno de R$ 8,4 milhões durante a gestão de Bolsonaro, mas não ganhou um centavo sequer no primeiro semestre do governo Lula. Enquanto isso, os sites pertencentes à Globo já acumulam ganhos de ao menos R$ 394,5 mil.

O SBT, que também esteve ao lado de Bolsonaro, faturou 18% das verbas de publicidade nos últimos quatro anos, mas agora a situação mudou e ficou com apenas 12%. Band também sofreu uma retração, passando de 9% para 5%.

O que também chama a atenção neste relatório prévio é que outras empresas entraram no radar da gestão Lula, mas que foram ignoradas por Bolsonaro: TikTok, Kwai e as publicações impressas e sites da Editora Globo, que também entraram no TOP 15. Veículos desprestigiados pelo inelegível nos últimos quatro anos voltaram a receber verbas de publicidade neste ano, como é o caso dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo.

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