Lucia Hippolito lutava contra uma doença autoimune, que a fez se afastar do trabalho
Divulgação/Globo
Lucia Hippolito lutava contra uma doença autoimune, que a fez se afastar do trabalho


Afastada do trabalho há mais de dez anos, a jornalista Lucia Hippolito morreu na manhã desta quarta-feira (21). Ela vinha lutando contra a Síndrome de Guillain-Barré, que já estava em estado grave e a impedia, entre outras coisas, de se locomover e se comunicar com qualidade.


"Com muita tristeza, anunciamos que Lúcia partiu. Combateu o bom combate e deixa muitas saudades, nossa grande jornalista e eterna professora", escreveu a família da jornalista em seu perfil oficial no Twitter.

Além da doença autoimune e degenarativa, ela foi diagnosticada com um câncer no útero em setembro do ano passado e foi Lucia foi submetida a uma cirurgia para retirada do órgão e de seus ovários. Mas em maio deste ano, seus novos exames apontaram que a doença havia se espalhado para outras partes do corpo.


Lucia descobriu a doença em abril de 2012, enquanto viajava pela França. Ela estava deitada e ao levantar da cama, percebeu que uma das pernas não se mexia. Rapidamente foi levada ao hospital e recebeu o diagnóstico no país europeu.

A síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo. É geralmente provocado por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos.

Trajetória

Lucia Hippolito foi uma das cientistas políticas mais respeitadas do país. Nascida em Bauru, no interior de São Paulo, ela atuou como jornalista e historiadora, e entrou para o grupo Globo em 2002, como comentarista na rádio CBN, e depois promovida a apresentadora.

Sua projeção nacional ocorreu em 2005, quando se tornou integrante fixa do quadro As Meninas do Jô, que reunia jornalistas experientes e respeitadas em suas áreas para debater sobre política e economia no Programa do Jô. O quadro ficou no ar por cinco anos, e tinha exibição semanal, sempre às quintas.

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