A Justiça negou o pedido para que a jogadora Key Alves, participante do BBB 23, prestasse depoimento sobre a morte do campeão de jiu-jitsu Leandro Lo. A petição foi feita pelo advogado do policial acusado pelo crime no início de fevereiro, após Key revelar no reality que estava na festa em que o lutador foi assassinado: "Foi na minha frente, eu vi tudo", afirmou em conversa com Cara de Sapato dentro do reality da Globo.
Após a fala, a defesa do PM Henrique Otávio de Oliveira Velozo acusou Key de estar mentindo, mas requereu que ela fosse ouvida na investigação.
"Infelizmente, em casos criminais brasileiros que despertam grande repercussão midiática, pessoas querem de alguma maneira participar, dar opiniões sobre o ocorrido. Esse é só mais um exemplo. (...) De qualquer maneira, a defesa do policial Velozo vai requerer o depoimento dela no julgamento disciplinar que o oficial da Polícia Militar está respondendo", disse o advogado Claudio Dalledone, sobre o pedido.
Em seu despacho, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, do Tribunal de Justiça de São Paulo, disse que a defesa do policial não apresentou justificativa detalhada para o pedido, que o depoimento "geraria apenas tumulto processual", já que a jogadora se encontra indisponível para comparecer em juízo e que há outras testemunhas presenciais, de modo que o depoimento de Key seria desnecessário na atual fase do processo.
"Ademais, os advogados somente juntaram aos autos manchetes de sites da internet, e não o vídeo com o momento da suposta frase dita pela jogadora, a fim de que este Juízo pudesse apreciar a veracidade das notícias".
O lutador morreu após ser baleado na cabeça durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo, em agosto de 2022. O PM se entregou à Corregedoria, teve prisão preventiva decretada e está detido no presídio militar Romão Gomes.
* Com a colaboração de Lívia Carvalho