Regina Duarte, em 1988, escreveu um conto erotico para a revista Playboy, no qual revelou um fetiche inusitado: ser traída. O conto saiu como exclusivo" na capa da publicação e voltou à tona agora por causa de dois jornalistas que compraram a edição e compartilharam o texto que havia caído no esquecimento.
Os jornalistas Clarissa Passos e Samir Salim Jr compraram a revista em parceria em um anúncio na Shopee. Ela revelou em seu Twitter que ficaram curiosos ao verem o anúncio, e assim, compraram e deixaram suas criticas no Twitter, juntamente com o texto.
A repercussão na rede social foi grande, muitos internautas questionaram pontos no texto, mas o principal deles, sendo declarado pelos próprios jornalistas, foi a falta do próprio "erótico" no texto de Regina. Clarissa respondeu a um internauta exatamente sobre esse ponto: "Demorou mais ainda pra eu ler, porque nas primeiras duas linhas já vi que não ia ser o que eu esperava (erótico)."
Outros usuários também deixaram suas opiniões sobre o tema e o choque ao saberem que foi Regina Duarte quem o escreveu:
"Será que foi ela mesmo que escreveu? Tá com cara de ser 'ghost'. Tem umas coisas ai de técnicas de quem tá acostumado a escrever", opinou um internauta. "Li tudo e achei raso em detalhes que é importante. É um texto que prende por esperarmos sempre o ponto alto da sacanagem, mas no final, percebi que a sacanagem está diluída pelo texto", concluiu outra usuária do Twitter.
A jornalista ainda contesta dizendo que a "sacanagem" é apenas sugerida durante o conto, mas quase nada.
O conto escrito por Regina Duarte se resume a um fetiche da personagem Sônia com o marido Henrique. A mulher tem um pacto com o marido em que ele pode traí-la, sendo que depois ele conta tudo nos mínimos detalhes a ela. Enquanto ele não chega em casa após as supostas traições, a personagem fantasia inúmeras coisas com o marido, desde a traição até ele contando para ela.
Quando o marido chega, Sônia não espera e corre perguntar ao marido como foi e exige saber todos os detalhes, porque ela "não aguentaria" de ansiedade.
"Começa logo, vai! A gente combinou, eu vou saber ouvir. Não vai doer mais do que já está doendo. Vai me fazer bem… anda, fala", diz a personagem criada por Regina Duarte ao marido no texto.
Assim, o infiel começa a contar como teria acontecido a traição, e em uma história com o "erótico" subentendido o ponto chave é que o casal principal se separa, mas Sônia decide revelar ao ex-marido, em uma carta, que ficava excitada ao ver o companheiro relatando como eram suas noites com outras mulheres, e afirmava que o homem ficava com uma postua mais "sensual".
Ao final do texto há uma declaração, dizendo que os melhores momentos foram os que ele contava a ela sobre a traição.
*Com a colaboração de Victória Rossi