A jornalista Carla Cecato foi demitida da Jovem Pan na tarde de segunda-feira (31). Ela, que ja havia pedido demissão do canal no mês passado e retornou após negociar um aumento substancial em seu salário, foi impedida pela direção de reassumir seu posto no canal de notícias após a derrota de Jair Bolsonaro.
"Carla não tinha contrato com a gente antes de ser a garota-propaganda do Bolsonaro, portanto não poderia voltar agora porque não faz parte do quadro de contratados", explicou a Jovem Pan à coluna.
A jornalista havia sido escalado para atuar como garota-propaganda de Bolsonaro na campanha de segundo turno do atual presidente, derrotado por Lula no último domingo (30), com mais de dois milhões de votos a menos.
Em suas últimas aparições no canal de notícias, Carla mostrou uma postura muito mais agressiva e acima do tom na tentativa de defender Bolsonaro.
Ela, inclusive, promoveu diversos barracos ao vivo com convidados e protagonizou um dos momentos mais memoráveis da breve história da Jovem Pan, quando compartilhou uma fake news, foi desmentida por um dos integrantes de seu programa e decidiu buscar no Google a resposta correta para o caso e descobriu, ao vivo, que havia dito uma mentira no ar.
Após ficar afastada, Carla retornou com um salário maior. Ela é o sexto nome a deixar a Jovem Pan somente nesta semana , os jornalistas Augusto Nunes, Caio Cappolla, Guilherme Fiúza, Maicon Mendes e Guga Noblat também foram desligados da emissora.
Procuramos por Carla para comentar sobre sua saída da Jovem Pan, mas ela não nos retornou sobre o assunto até o momento.
*Com a colaboração de Gabriela Ramos.