Heitor Martins, ator que ficou conhecido por interpretar Pit Bitoca no Zorra Total (1999 - 2015), na Globo, fez xixi nas calças durante um sequestro em São José dos Campos, interior de São Paulo. Ele tinha um encontro marcado com uma mulher que conheceu em um aplicativo de relacionamento, mas acabou sendo sequestrado por cinco dias. 

"Fiquei jogado num quartinho, num colchão. Teve um determinado momento que eu pedi pra ir ao banheiro e eles negaram: 'Faz aí mesmo'. Fiz xixi nas calças e evitei comer", detalhou em entrevista para o Domingo Espetacular, da Record. 

Heitor não queria se alimentar porque estava com medo de sentir vontade de fazer cocô e precisar fazer nas calças: "Ele colocou o revólver na minha boca e disse que se eu não comer, iria tomar bala. Daí dei umas três mordidas em um pão com mortadela que ele me deu".

Em seguida, ele contou que foi colocado em um carro e deixado na beira da estrada. 

"Nessa hora eu achei que ia morrer. Eles pegaram uma faca pra cortar a corda que unia minha perna e o meu braço. E eu pensei: vai ser de facada, né? Eu tenho deficiência auditiva severa. Esse lado esquerdo, eu não escuto nada. O direito até uns 20%. Então, no momento que ele me pegou, falei: 'olha, eu sou surdo'. Porque o meu medo na hora foi ele falar uma coisa e responder outra, e acabar morrendo", contou. 

Durante as 101 horas que ficou preso no cativeiro, os bandidos foram até a casa de Heitor e roubaram o máximo de pertences que conseguiram, como instrumentos musicais, equipamentos de tatuagem,  televisão e aparelhos eletrônicos de valor. O ator não revelou o prejuízo financeiro após o sequestro.

O caso está sendo investigado pela polícia, que suspeita de um crime organizado, mas Heitor negou que tenha sido vítima do Golpe do Tinder:

"Não teve nada demais, não teve golpe do Tinder, nada, estão criando coisa na cabeça. Eu fui a São José dos Campos ao encontro de uma moça do Tinder. Aí fui pego lá, acabei nem encontrando a moça. Eu não caí no golpe, não sei".

"Eu já conheci várias pessoas no Tinder, sou amigo delas até hoje, é uma ferramenta normal. Pode ter gente ruim lá? Pode, claro, mas eu não sei dizer para vocês. Eu fui pego antes e fiquei em cárcere", finalizou. 

*Com a colaboração de Gabriela Ramos.