Em crise, a CNN Brasil demitiu quase todos os repórteres do Rio de Janeiro. Apresentadores e comentaristas foram salvos do corte. Mas produtores, assistentes e secretários também entraram na onda de demissão, totalizando 35% da equipe dispensada na sucursal. Lucas Madureira e Isabelle Saleme são alguns dos profissionais que foram desligados.
A notícia do corte em massa foi publicada em primeira mão pelo site Na Telinha, e a coluna confirmou com fontes e com a própria CNN Brasil que o volume de demissões foi intenso na sucursal.
Após uma análise interna, a CNN chegou à conclusão de que a equipe do Rio estava "superdimensionada". Traduzindo: tinha muita gente contratada e pouco trabalho para ser feito. E como a ordem no canal de notícias é reduzir custos, o "passaralho" foi realizado.
Outro fator importante para a decisão da CEO Renata Affonso foi o baixo volume de notícias que o Rio de Janeiro estava emplacando no canal. Como o foco deste ano é a corrida eleitoral, os noticiários têm direcionado suas programações para o que ocorre em Brasília e em São Paulo.
O canal de notícias também acabou com uma parceria técnica que tinha com a produtora Paris Filmes, que cuidava da redação carioca. Agora eles estão em busca de uma empresa que preste os mesmos serviços, mas com um preço mais econômico.
A CNN pretende contratar jornalistas freelancers, que custam menos, para atender o canal durante a cobertura das eleições.
Atualmente, o comando da redação carioca é de Maria Mazzei, que acumula a função com a chefia de Brasília. Em junho, Roberto Munhoz, que liderava na capital federal, aceitou uma proposta da Record e pediu demissão.
*Com a colaboração de Gabriela Ramos.